Multinacionais
Oito multinacionais, que em conjunto representam mais de um milhão de trabalhadores, anunciaram esta semana em simultâneo o despedimento de 72 000 trabalhadores. Nem mesmo os 2730 milhões de dólares de lucros, só no último ano, de uma dessas empresas, a Caterpillar, impediram a construtora norte-americana de escavadoras de lançar para o desemprego 20.000 trabalhadores.
A crise do capitalismo serve de cobertura para legitimar quase tudo e há mesmo quem não resista ao disparate e se apresse a justificar com ligeireza aquilo que é grave e sério, como foi o caso da «especialista» convidada pelo Diário de Notícias para comentar o assunto, ao referir que «as administrações das grandes empresas optam por dar aos accionistas sinais de que estão a fazer alguma coisa». Um pequeno aparte: estou certo de que a opinião desta senhora seria ainda mais convicta se num destes dias recebesse um «sinal» como receberam aqueles trabalhadores!
Voltando ao assunto, é evidente que as multinacionais instaladas no nosso País também não fogem à regra. Ao longo dos últimos anos, em nome «dos postos de trabalho» e da «modernização», têm beneficiado de apoios e dinheiros públicos, contribuído para o agravamento da precariedade e repatriado parte significativa da riqueza aqui criada, sem que nada lhes seja exigido. Agora, não passa dia em que não surjam notícias, ou ameaças, de paragens na produção, despedimentos, encerramentos e falências.
O caso da empresa Qimonda – multinacional alemã com cerca de 15 mil trabalhadores que esta semana se declarou «insolvente» e que é detida em grande parte por outra multinacional, Infeneon, que por sua vez se separou de outra chamada Siemens – é um exemplo acabado da sofisticada rapina promovida pelas multinacionais. Só nos últimos anos, a sucursal sediada em Vila do Conde, dedicada à produção de semi-condutores, recebeu cerca 400 milhões de euros de apoios do Estado, impôs horários de trabalho desumanos de 12 horas e até serviu de exemplo ao primeiro-ministro, para a declarar como «empresa modelo» quando confrontado pelo Secretário-geral do PCP sobre o agravamento do desemprego e a ausência de soluções para a crise. Pode-se dizer que o Governo PS ficou sem argumento, mas o problema maior é que pelo menos 1800 trabalhadores correm o risco de ficar sem posto de trabalho.
Sendo o responsável por esta profunda crise, o grande capital prepara-se para sair dos seus escombros ainda mais rico e poderoso, contando para isso com a subserviência do poder político que, no nosso País, lhe vem prestando a vassalagem de classe com mais de 32 anos de política de direita. Tem naturalmente um poderoso obstáculo pela frente, a luta organizada da classe operária e de todos os trabalhadores!
A crise do capitalismo serve de cobertura para legitimar quase tudo e há mesmo quem não resista ao disparate e se apresse a justificar com ligeireza aquilo que é grave e sério, como foi o caso da «especialista» convidada pelo Diário de Notícias para comentar o assunto, ao referir que «as administrações das grandes empresas optam por dar aos accionistas sinais de que estão a fazer alguma coisa». Um pequeno aparte: estou certo de que a opinião desta senhora seria ainda mais convicta se num destes dias recebesse um «sinal» como receberam aqueles trabalhadores!
Voltando ao assunto, é evidente que as multinacionais instaladas no nosso País também não fogem à regra. Ao longo dos últimos anos, em nome «dos postos de trabalho» e da «modernização», têm beneficiado de apoios e dinheiros públicos, contribuído para o agravamento da precariedade e repatriado parte significativa da riqueza aqui criada, sem que nada lhes seja exigido. Agora, não passa dia em que não surjam notícias, ou ameaças, de paragens na produção, despedimentos, encerramentos e falências.
O caso da empresa Qimonda – multinacional alemã com cerca de 15 mil trabalhadores que esta semana se declarou «insolvente» e que é detida em grande parte por outra multinacional, Infeneon, que por sua vez se separou de outra chamada Siemens – é um exemplo acabado da sofisticada rapina promovida pelas multinacionais. Só nos últimos anos, a sucursal sediada em Vila do Conde, dedicada à produção de semi-condutores, recebeu cerca 400 milhões de euros de apoios do Estado, impôs horários de trabalho desumanos de 12 horas e até serviu de exemplo ao primeiro-ministro, para a declarar como «empresa modelo» quando confrontado pelo Secretário-geral do PCP sobre o agravamento do desemprego e a ausência de soluções para a crise. Pode-se dizer que o Governo PS ficou sem argumento, mas o problema maior é que pelo menos 1800 trabalhadores correm o risco de ficar sem posto de trabalho.
Sendo o responsável por esta profunda crise, o grande capital prepara-se para sair dos seus escombros ainda mais rico e poderoso, contando para isso com a subserviência do poder político que, no nosso País, lhe vem prestando a vassalagem de classe com mais de 32 anos de política de direita. Tem naturalmente um poderoso obstáculo pela frente, a luta organizada da classe operária e de todos os trabalhadores!