Construtoras automóveis recebem milhões
Os EUA vão disponibilizar 13 mil e 400 milhões de dólares para evitar o colapso da General Motors e da Crysler. A ajuda não evita a suspensão da produção em dezenas de fábricas.
A ajuda estatal prevê a aplicação de um programa de reestruturação
Depois de um longo impasse, o presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou, sexta-feira, dia 19, um pacote de emergência para resgatar da falência duas das maiores construtoras automóveis do mundo. São quase 14 mil milhões de dólares no imediato e outros quatro mil milhões até ao final de Março do próximo ano. Depois, o problema fica nas mãos da administração Obama.
O dinheiro sai do chamado Fundo Paulson - inicialmente destinado a fazer verter milhões sobre as empresas de crédito e o mercado financeiro -, já que a primeira versão do projecto, defendido pela Casa Branca, foi aprovada na Câmara dos Representantes mas chumbada no Senado.
Entretanto, chegou-se a equacionar a «falência ordeira» da GM e da Crysler, o que a ocorrer, para Bush, seria o resultado normal dos mecanismos de mercado capitalista. Num jantar da American Enterprise Institute, realizado antes da decisão, Bush chegou a manifestar preocupação por uma «falência desordenada» e frisou que «em circunstâncias normais, não há dúvida de que o tribunal de falências é a melhor maneira de se lidar com o crédito, a dívida e a reestruturação». Mas «estas não são circunstâncias normais», justificou logo a seguir, deixando antever nas suas palavras o anúncio formal do pacote de ajuda financeira.
Desemprego espreita
No verso da medalha do plano de salvamento para a Crysler e a GM, estão os trabalhadores. É que a ajuda estatal prevê a aplicação de um programa de reestruturação que inclui, entre outras medidas, o estabelecimento de um acordo com o Union Auto Workers (UAW), maior sindicato do sector, visando a reforma dos direitos e regalias contratuais dos filiados. A UAW manifestou-se favorável à injecção de dinheiro nas empresas, mas recusou que a factura recaísse sobre os trabalhadores.
Certa, para já, é a suspensão da laboração em cerca de 60 unidades da GM, Chrysler e Ford dados os maus resultados do ano de 2008 e a queda das vendas de automóveis. Em Novembro as vendas caíram para um mínimo histórico nos últimos 26 anos.
A suspensão da fabricação vai vigorar durante três semanas a um mês e a reabertura das unidades é uma incógnita, pelo que o fantasma dos despedimentos colectivos espreita.
Entre as três gigantes da construção automóvel, só a Ford diz ter capacidade para prescindir, de momento, do auxílio público, isto apesar de perdas na ordem dos 8,7 mil milhões de dólares no corrente ano.
O dinheiro sai do chamado Fundo Paulson - inicialmente destinado a fazer verter milhões sobre as empresas de crédito e o mercado financeiro -, já que a primeira versão do projecto, defendido pela Casa Branca, foi aprovada na Câmara dos Representantes mas chumbada no Senado.
Entretanto, chegou-se a equacionar a «falência ordeira» da GM e da Crysler, o que a ocorrer, para Bush, seria o resultado normal dos mecanismos de mercado capitalista. Num jantar da American Enterprise Institute, realizado antes da decisão, Bush chegou a manifestar preocupação por uma «falência desordenada» e frisou que «em circunstâncias normais, não há dúvida de que o tribunal de falências é a melhor maneira de se lidar com o crédito, a dívida e a reestruturação». Mas «estas não são circunstâncias normais», justificou logo a seguir, deixando antever nas suas palavras o anúncio formal do pacote de ajuda financeira.
Desemprego espreita
No verso da medalha do plano de salvamento para a Crysler e a GM, estão os trabalhadores. É que a ajuda estatal prevê a aplicação de um programa de reestruturação que inclui, entre outras medidas, o estabelecimento de um acordo com o Union Auto Workers (UAW), maior sindicato do sector, visando a reforma dos direitos e regalias contratuais dos filiados. A UAW manifestou-se favorável à injecção de dinheiro nas empresas, mas recusou que a factura recaísse sobre os trabalhadores.
Certa, para já, é a suspensão da laboração em cerca de 60 unidades da GM, Chrysler e Ford dados os maus resultados do ano de 2008 e a queda das vendas de automóveis. Em Novembro as vendas caíram para um mínimo histórico nos últimos 26 anos.
A suspensão da fabricação vai vigorar durante três semanas a um mês e a reabertura das unidades é uma incógnita, pelo que o fantasma dos despedimentos colectivos espreita.
Entre as três gigantes da construção automóvel, só a Ford diz ter capacidade para prescindir, de momento, do auxílio público, isto apesar de perdas na ordem dos 8,7 mil milhões de dólares no corrente ano.