Numa semana cheia de lutas

Escolas paradas

A greve de ontem, provavelmente a maior de sempre da classe docente, constitui um momento alto da luta dos professores, pela valorização e dignificação da profissão e em defesa da escola pública.

Só a luta garante direitos e mudança de política

De acordo com os dados recolhidos até às nove horas, a greve é a maior dos últimos 20 anos e poderá mesmo vir a ser a maior de sempre, disse aos jornalistas o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores. Mário Nogueira, que é também secretário-geral da Fenprof, falava aos jornalistas na escola Gil Vicente, em Lisboa, a qual era a que, naquela altura, registava a menor adesão (92 por cento). Para hoje e amanhã, está marcada uma vigília frente ao ME e na próxima semana ocorrerão greves de âmbito regional, enquanto na semana passada tiveram lugar manifestações em diversas cidades.
Para hoje está anunciado um dia de luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário, contra as políticas do Governo.
Pelo segundo dia consecutivo, as ligações fluviais entre Barreiro e o Terreiro do Paço ficaram interrompidas ontem de manhã, devido à adesão total dos trabalhadores marítimos e auxiliares de terra da Soflusa. A greve, por uma revisão salarial justa, iniciou-se segunda-feira e termina hoje, durante duas horas por cada turno. A greve de 48 horas dos trabalhadores da área comercial, a 27 e 28 de Novembro, teve igualmente muito elevada adesão.
A greve nos Correios, que termina amanhã, iniciou-se anteontem, com uma adesão de 65 por cento no turno da noite, segundo o SNTCT/CGTP-IN, num primeiro comunicado em que saudou a coragem e firmeza dos trabalhadores, na luta em defesa dos direitos consagrados no Acordo de Empresa, que a administração dos CTT quer dar por caducado.
Representantes dos mineiros de Aljustrel estiveram, durante todo o dia de terça-feira, no Ministério da Economia. Ao fim da noite, após duas breves reuniões com o ministro Manuel Pinho, decidiram «dar o benefício da dúvida» e aguardar pelo novo prazo para conclusão de negociações para venda das Pirites Alentejanas a investidores não identificados, de modo a retomar a exploração e recuperar os postos de trabalho. Amanhã voltam a Lisboa.
Hoje à tarde, na Casa do Alentejo, em Lisboa, a APG organiza um «Fórum do Descontentamento» para dar expressão pública à situação na GNR, focando salários, assistência na doença e atraso nas promoções.
Na próxima semana, entre os dias 8 e 11, estarão em greve os trabalhadores da limpeza urbana da CM de Lisboa.


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