Governo meteu projecto na gaveta

Utentes exigem construção do Hospital do Seixal

As câmaras do Seixal, Sesimbra e Almada e as comissões de utentes de saúde destes concelhos exigem ao Governo que lance o concurso público para a construção do Hospital do Seixal.

In­cum­pri­mento das me­didas acor­dadas

«Dois anos e meio depois de o Governo assumir o compromisso da construção do Hospital do Seixal, o processo está, infelizmente, parado, sem qualquer explicação, não tendo o ministério da Saúde assumido as suas responsabilidades e compromissos perante os concelhos, instituições e populações», afirmou, quinta-feira, o presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, durante uma conferência de imprensa.
No encontro com os jornalistas, onde estiveram também o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, os presidentes das três assembleias municipais, os responsáveis de todas as juntas de freguesia do Seixal e os representantes das comissões de utentes dos três municípios, Alfredo Monteiro acusou o Governo de ter «metido o projecto, inexplicavelmente, na gaveta», sendo a população «quem sofre com isso no dia-a-dia», disse.
O autarca comunista lembrou que a edificação do Hospital do Seixal foi a terceira prioridade assumida pelo Governo a nível de construção hospitalar, em 2006, dada a incapacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta, em Almada, - que serve os três concelhos -, derivado ao aumento populacional.
«O hospital Garcia de Orta vai fazer no mês que vem 17 anos. Na altura, os três concelhos tinham cerca de 165 mil habitantes e, actualmente, têm cerca de meio milhão, atingindo no Verão o milhão», reforçou o representante da comissão de utentes de Almada, acrescentando que estes números revelam por si só «que o hospital deveria ter sido construído há, pelo menos, 10 anos».
O apelo dos governantes dos três municípios e das comissões de utentes surgiu na sequência do «incumprimento» das medidas acordadas com o Ministério da Saúde, de onde destacam o facto de o hospital não constar no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) de 2009 para o Seixal, bem como pelo anúncio do lançamento dos concursos para os hospitais de Póvoa de Varzim/Vila do Conde e Évora, colocados respectivamente em sexta e quarta prioridades, antes do hospital do Seixal.

«Pres­si­onar o Go­verno»

Outra das críticas apontadas ao Governo, foi o facto de ainda não ter sido constituído um novo grupo de trabalho para acelerar o processo, medida «reconhecida pela ministra da Saúde, numa reunião com os três municípios, decorrida em Julho», onde ficou igualmente estabelecida a realização de uma nova reunião em Setembro, «que não chegou a acontecer e que não se sabe se chegará a acontecer», frisou o presidente da Câmara do Seixal.
No final da conferência, realizada no dia em que o Seixal celebra o seu 172.º aniversário, para «demonstrar o drama que as populações vivem no dia-a-dia», Alfredo Monteiro prometeu que as entidades do poder local, comissões de utentes, escolas, entre outras instituições, não vão «cruzar os braços», até que seja anunciada uma data para o lançamento do concurso público do novo hospital, estando a preparar um conjunto de iniciativas para «pressionar o Governo».
A primeira iniciativa teve lugar logo nesse dia, antes do encontro dos responsáveis com os jornalistas, com a distribuição de 50 mil panfletos onde se exige a abertura do concurso público para o novo hospital, em todas as freguesias do concelho do Seixal.


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