Escalada militarista
Varsóvia e Washington chegaram a acordo, dia 14, para a instalação em território polaco de uma base de mísseis norte-americanos. A Rússia reagiu com hostilidade à escalada armamentista junto das suas fronteiras.
Rússia é o alvo dos mísseis dos EUA a instalar na Polónia
A instalação do chamado escudo antimíssil na Polónia e na República Checa «tem como alvo a Federação Russa». «Responderemos à altura, Washington e a União Europeia estão avisados», declarou o presidente russo, Dimitri Medvedev.
O desagrado pela cedência polaca às pretensões norte-americanas foi de imediato manifestado pelo chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que anulou a visita a Varsóvia prevista para 10 e 11 de Setembro.
No mesmo dia, Anatoli Nogovitsine, adjunto do chefe do Estado Maior das Forças Armadas russo, observou à agência Interfax que «os Estados Unidos estão empenhados numa defesa antimíssil para o seu Governo, e não para a Polónia», notando que a decisão do governo polaco sujeita o país a um ataque militar da Rússia. «Isto é assim a 100 por cento», disse o general russo.
Esta alta patente lembrou que a doutrina militar russa determina claramente o uso do poder nuclear «contra governos que tenham armas nucleares, contra aliados de países com armas nucleares que apoiem estes últimos e igualmente contra aqueles que acolhem no seu território armas nucleares de terceiros».
O acordo entre Estados Unidos e Polónia prevê a instalação até 2012 de 10 mísseis de intercepção em território polaco, sistema que será complementado com um radar colocado na República Checa, para o qual o governo de Praga deu o seu assentimento em 8 de Julho, apesar de mais de dois terços da população serem contrários ao projecto.
Negócio explosivo
As conversações com Varsóvia arrastaram-se durante 15 meses devido às importantes contrapartidas exigidas pelas autoridades polacas. Consciente de que o sistema «antimíssil» constitui um risco suplementar para o país, o governo de Donald Tusk reclamou aos EUA o fornecimento de baterias anti-aéreas de última geração entre outros equipamentos para a modernização das suas forças armadas.
A renitência dos norte-americanos em disponibilizar aquelas armas sofisticadas e dispendiosas levou ao impasse nas negociações. Por fim, Washington concedeu uma bateria de mísseis Patriot à Polónia, que será operada por um contingente americano. O primeiro-ministro, Donald Tusk, revelou ainda que os EUA assumiram compromissos suplementares que garantem a intervenção do seu exército em caso de agressão à Polónia.
O desagrado pela cedência polaca às pretensões norte-americanas foi de imediato manifestado pelo chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que anulou a visita a Varsóvia prevista para 10 e 11 de Setembro.
No mesmo dia, Anatoli Nogovitsine, adjunto do chefe do Estado Maior das Forças Armadas russo, observou à agência Interfax que «os Estados Unidos estão empenhados numa defesa antimíssil para o seu Governo, e não para a Polónia», notando que a decisão do governo polaco sujeita o país a um ataque militar da Rússia. «Isto é assim a 100 por cento», disse o general russo.
Esta alta patente lembrou que a doutrina militar russa determina claramente o uso do poder nuclear «contra governos que tenham armas nucleares, contra aliados de países com armas nucleares que apoiem estes últimos e igualmente contra aqueles que acolhem no seu território armas nucleares de terceiros».
O acordo entre Estados Unidos e Polónia prevê a instalação até 2012 de 10 mísseis de intercepção em território polaco, sistema que será complementado com um radar colocado na República Checa, para o qual o governo de Praga deu o seu assentimento em 8 de Julho, apesar de mais de dois terços da população serem contrários ao projecto.
Negócio explosivo
As conversações com Varsóvia arrastaram-se durante 15 meses devido às importantes contrapartidas exigidas pelas autoridades polacas. Consciente de que o sistema «antimíssil» constitui um risco suplementar para o país, o governo de Donald Tusk reclamou aos EUA o fornecimento de baterias anti-aéreas de última geração entre outros equipamentos para a modernização das suas forças armadas.
A renitência dos norte-americanos em disponibilizar aquelas armas sofisticadas e dispendiosas levou ao impasse nas negociações. Por fim, Washington concedeu uma bateria de mísseis Patriot à Polónia, que será operada por um contingente americano. O primeiro-ministro, Donald Tusk, revelou ainda que os EUA assumiram compromissos suplementares que garantem a intervenção do seu exército em caso de agressão à Polónia.