Situação caótica em Gondomar

Gestão incompetente

Os gondomarenses têm assistido a uma gestão incompetente do Pelouro do Ambiente, com consequências negativos na qualidade dos serviços prestados à população e nas condições dos trabalhadores da recolha do lixo.

Estas situações atacam o direito dos trabalhadores

Os gondomarenses começaram por ser penalizados, há cerca de dois anos, quando a Câmara de Gondomar acabou com a recolha do lixo ao sábado e ao domingo, sendo ainda hoje visíveis os efeitos dessa má medida. «Quem circula pelo concelho depara-se com a imagem degradante e terceiro-mundista de contentores a aborrotar e lixos acumulados na via pública», relatam, em nota ao Avante!, os eleitos do PCP.
Outro dos problemas prende-se com a falta de investimento na frota desde 1997, ano em que a CDU deixou o Pelouro do Ambiente. «A maioria “Valentim Loureiro” (PSD) é a única responsável por as viaturas para a recolha do lixo estarem a “cair de podres”, havendo alturas em que mais de metade da frota está parada, por avarias que demoram semanas a reparar», denunciam os comunistas, informando que a «solução» encontrada «tem passado pela utilização de carros de caixa aberta que, não sendo aceites nem tendo condições técnicas para descarregar nas instalações de tratamento da LIPOR, o despejam a céu aberto no Parque da Cal, onde, por vezes, fica amontoado durante vários dias».
«Esta prática é contrária às regras de funcionamento de um serviço de recolha do lixo moderno e eficiente e força os trabalhadores a exporem-se a situações de risco que põem em causa a sua saúde», acrescentam.
Como se não bastasse, chegou-se, entretanto, a um ponto em que alguns funcionários são obrigados a ficar no Parque da Cal, ou em casa, à espera que terminem alguns giros de recolha do lixo para que haja viaturas disponíveis, sujeitando-se a entrar ao serviço a qualquer hora.
«Estas situações, que sucedem cada vez com maior frequência, atacam o direito dos trabalhadores da autarquia em conhecerem, atempadamente, o respectivo horário de trabalho e estão a contribuir para a degradação acelerada do serviço que é prestado à população, quando é certo que os gondomarenses continuam a pagar mensalmente uma pesada tarifa de recolha de RSU», acusa a CDU.

Santa Maria da Feira
«Limpeza a duas velocidades»

Em Santa Maria da Feira a situação não é diferente. «Limpeza a duas velocidades é o que se conclui pelo actual estado do respectivo serviço. Aquele pelouro parece só ter olhos e medidas na altura dos grandes eventos culturais», acusa a CDU, descrevendo a situação: «Lixo e mais lixo, entulheiras e montureiras espalhadas um pouco por todo o lado. Meses a fio na berma das estradas, algumas mesmo no meio da via, caso de Mozelos ou nas imediações do Parque Desportivo de Sanfins».
Os comunistas responsabilizam ainda o vereador responsável por «famigeradas promessas» de eliminação de todas essas lixeiras. «Tudo não passou de um mero acto de propaganda sem consequências demonstrativas, aliás, da falta de respeito do executivo municipal pelos feirenses e da ausência de medidas efectivas que acabem, de uma vez por todas, com a proliferação de lixeiras na maior parte do concelho», frisam.

Mercado de Rio Tinto
Valentim Loureiro recusa discutir alternativas

Face às noticias que têm dado como certo o encerramento do Mercado de Rio Tinto, sem que a Câmara de Gondomar crie alternativas para que os comerciantes e feirantes continuem a desenvolver a sua actividade na Freguesia, os eleitos da CDU solicitaram, recentemente, ao presidente da Assembleia Municipal uma reunião extraordinária, com carácter de urgência, para que aquele órgão deliberativo se pronuncie sobre o problema.
Numa atitude de subserviência intolerável aos ditames do presidente da Câmara (Valentim Loureiro), o presidente da Assembleia Municipal ignorou, entretanto, o pedido dos eleitos comunistas, que defendem a manutenção daquela infra-estrutura.
«O desemprego existente em Gondomar será agravado se a Câmara insistir em encerrar o Mercado de Rio Tinto sem dar alternativas aos comerciantes e feirantes que ali desenvolvem a sua actividade», denunciam.


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