Privatizar é o objectivo
A ir para a frente, o actual ataque aos CTT põe em causa mais de mil postos de trabalho e afecta gravemente populações do interior do País, acusa o PCP.
O encerramento das estações dos CTT torna o País ainda mais desigual
O actual ataque ao serviço de correios, protagonizado pelo Governo e administração dos CTT, é o mais brutal de sempre, acusa a Comissão Nacional do PCP para os Serviços Públicos e os Direitos do Consumidor, em nota de imprensa divulgada no dia 29 de Agosto. Para esta comissão, o ataque põe em causa mais de mil postos de trabalho, «afectando a sua qualidade geral e atingindo particularmente os interesses das populações do interior do País, das populações das aldeias e vilas isoladas e das populações das regiões autónomas».
A própria administração dos CTT anunciou já a sua intenção de acabar com cerca de 1200 postos de correio e de encerrar cerca de 500 estações dos CTT, transferindo-as para juntas de freguesia ou transformando as suas instalações em «mini-centros comerciais com gestão associada a outras empresas».
A forma encontrada para este ataque, denunciam os comunistas, «baseia-se num esquema em que as cerca de 3600 estações e postos de correio vão ser divididas em quatro categorias», cabendo a quarta aos mais pequenos, a ser entregues a estabelecimentos comerciais e juntas de freguesia. Quanto aos utentes destas estações, teriam apenas acesso a alguns dos serviços de que actualmente dispõem.
A terceira categoria, correspondendo a pequenas estações mas com tráfego considerável, seriam entregues a juntas de freguesia. Algumas instalações e equipamentos seriam cedidos pelos CTT, cabendo às autarquias o fornecimento dos trabalhadores e a definição dos horários.
A segunda categoria equivale às estações de média dimensão, em que seriam feitas parcerias com outras empresas para a exploração comercial dos produtos das empresas envolvidas. Apesar das instalações continuarem na posse dos CTT, na porta da estação passaria a figurar também as marcas dessas empresas.
As quinhentas estações mais lucrativas constituiriam a primeira categoria, que se manteria sob alçada directa dos CTT. Tudo isto, afirma o PCP, com o objectivo de «preparar a privatização dos CTT tornando esta empresa mais apetecível para engordar os lucros dos seus futuros proprietários», em prejuízo da qualidade e do acesso de parte considerável da população ao serviço de correios.
O PCP considera que o anúncio da liquidação do serviço de correios em muitas zonas do País é revelador da hipocrisia do Governo, pois ainda há poucos dias o primeiro-ministro havia alertado para situações de desfavorecimento de regiões do interior em consequência dos incêndios. Para os comunistas, a política do Governo vai tornando, dia a dia, o País «mais desigual, mais injusto, com um futuro mais comprometido».
A própria administração dos CTT anunciou já a sua intenção de acabar com cerca de 1200 postos de correio e de encerrar cerca de 500 estações dos CTT, transferindo-as para juntas de freguesia ou transformando as suas instalações em «mini-centros comerciais com gestão associada a outras empresas».
A forma encontrada para este ataque, denunciam os comunistas, «baseia-se num esquema em que as cerca de 3600 estações e postos de correio vão ser divididas em quatro categorias», cabendo a quarta aos mais pequenos, a ser entregues a estabelecimentos comerciais e juntas de freguesia. Quanto aos utentes destas estações, teriam apenas acesso a alguns dos serviços de que actualmente dispõem.
A terceira categoria, correspondendo a pequenas estações mas com tráfego considerável, seriam entregues a juntas de freguesia. Algumas instalações e equipamentos seriam cedidos pelos CTT, cabendo às autarquias o fornecimento dos trabalhadores e a definição dos horários.
A segunda categoria equivale às estações de média dimensão, em que seriam feitas parcerias com outras empresas para a exploração comercial dos produtos das empresas envolvidas. Apesar das instalações continuarem na posse dos CTT, na porta da estação passaria a figurar também as marcas dessas empresas.
As quinhentas estações mais lucrativas constituiriam a primeira categoria, que se manteria sob alçada directa dos CTT. Tudo isto, afirma o PCP, com o objectivo de «preparar a privatização dos CTT tornando esta empresa mais apetecível para engordar os lucros dos seus futuros proprietários», em prejuízo da qualidade e do acesso de parte considerável da população ao serviço de correios.
O PCP considera que o anúncio da liquidação do serviço de correios em muitas zonas do País é revelador da hipocrisia do Governo, pois ainda há poucos dias o primeiro-ministro havia alertado para situações de desfavorecimento de regiões do interior em consequência dos incêndios. Para os comunistas, a política do Governo vai tornando, dia a dia, o País «mais desigual, mais injusto, com um futuro mais comprometido».