Montpellier

Milhares de viticultores manifestaram-se, quarta-feira da semana passada, no Sul de França, exigindo do governo de Nicolas Sarkozy medidas urgentes para fazer face à crise que atravessam as explorações vitivinícolas da região de Montepellier.
Os agricultores pretendem uma moratória sobre os encargos sociais e a garantia por parte do executivo de Paris de que o gasóleo para o sector não será vendido a mais de 40 cêntimos o litro, argumentando que o que ganham actualmente já não é suficiente para alimentar as respectivas famílias.
Com a crise instalada no preço do vinho de consumo corrente – em parte devido à entrada em força no mercado mundial de produtos oriundos dos EUA e de alguns países da América do Sul -, um representante dos agricultores da região, Philippe Vergnes, citado pela Lusa, explicou que em causa está a falência de 98 por cento das cerca de 15 mil explorações que ainda subsistem, as quais se encontram atoladas em dívidas e sem qualquer solução de recurso para fugir da extinção, disse.
O protesto realizado frente ao Palácio da Justiça de Montepellier, no centro daquela cidade, reuniu, segundo os promotores, 12 mil pessoas. Em resposta, o governo enviou um forte contingente policial, incluindo unidades anti-motim que responderam com o lançamento de granadas de gás lacrimogéneo.
A violência das autoridades provocou a ira dos vitivinicultores desesperados e levou a manifestação inicialmente pacífica a degenerar em confrontos. Dois manifestantes foram detidos, um dos quais dirigente sindical, diz ainda a agência de notícias portuguesa.


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