Meses após ter vencido as eleições na Coreia do Sul, o presidente Lee Myung-bak foi obrigado a demitir o primeiro-ministro Han Seung-soo e pelo menos meia dezena de titulares de pastas governamentais.
Em causa está o Tratado de Livre Comércio com os EUA que, entre outras medidas lesivas dos interesses populares e da soberania nacional, levanta o bloqueio à importação de carne bovina norte-americana.
O executivo escolhido por Myung-bak - político que regista um dos maiores índices de reprovação da história do país - não resistiu à força da luta de massas. Só a meio da semana passada, cerca de um milhão de pessoas protestaram em Seul. Nos últimos dias a capital foi palco de diversas manifestações contra a linha de orientação conservadora, muitos dos quais terminaram em confrontos com a polícia anti-motim.
Estudantes, trabalhadores e agricultores realizaram protestos semelhantes noutras cidades, exigindo um rumo de progresso para o país, mas por agora o chefe de Estado parece apenas disposto a pedir a Washington para subscrever o acordo renunciando à livre exportação de carne para a Coreia do Sul, e a trocar de executores, mantendo a mesma política.