Rússia ajuda sérvios do Kosovo

A chegada a Belgrado do primeiro avião russo com ajuda humanitária para os sérvios do Kosovo estava prevista para ontem, quarta-feira, levando a bordo 40 toneladas de alimentos, nomeadamente para crianças.
O anúncio foi feito pelo Ministério russo para as Situações de Emergência, citado pela agência Interfax, que sublinhou que aquele será «o primeiro de vários aviões de carga do tipo Ilyuchin Il-76» a levar a Belgrado a ajuda humanitária destinada aos servo-kosovares». A medida foi divulgada no passado dia 24 pelo presidente russo, Vladimir Putin, que sublinhou tratar-se de uma iniciativa «sem conotações políticas».
De acordo com a agência Lusa, as autoridades sérvias – que tal como as russas rejeitam a declaração unilateral de independência do Kosovo proclamada pela maioria albanesa – pediram igualmente a Moscovo que envie «equipamento médico e medicamentos», bem como «víveres de longa conservação», para os seus compatriotas naquela província.
A secessão do Kosovo – considerado «o berço da nacionalidade» sérvia – é repudiada pelos sérvios, que foram alvo de uma autêntica limpeza étnica desde que a Missão das Nações Unidas no Kosovo (MINUK) e a KFOR (força internacional liderada pela NATO) tomaram conta da região.

Base americana

Num artigo recente (ver original em http://www.serbianna.com/columns/savich/099.shtml), o historiador norte-americano Carl Savich lembra que os EUA construíram no Kosovo o Campo Bondsteel, «uma das maiores e mais caras bases militares dos EUA jamais construídas, que alberga 4000 efectivos de tropas de ocupação americanas». Segundo o historiador, o complexo do campo ocupa 386 hectares, tem um perímetro de 11 quilómetros e foi construído «pela empresa privada Kellogg, Brown and Root (KBR) e pelo exército americano por 350 milhões de dólares e a sua manutenção anual custa 50 milhões de dólares».
O campo, afirma Savich, tem a sua própria central de energia eléctrica, estações de tratamento de águas e de lixos, habitações em estilo asiático, um heliporto, e até mesmo um restaurante Burger King e um Taco Bell.
E também tem uma prisão: «Em Novembro de 2005, um delegado dos direitos humanos do Conselho da Europa, Alvaro Gil-Robles, visitou o campo onde viu uma instalação de detenção que caracterizou como uma "versão mais pequena de Guantanamo"», escreve Savich.


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