Proposta da ERSE

Simplesmente inaceitável!

O PCP considera «inaceitáveis» as propostas feitas ao Governo pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a propósito de uma mudança dos actuais contadores de energia eléctrica por novos equipamentos de telecontagem. Em nota do seu Gabinete de Imprensa, diz que estas propostas iriam fazer crescer o custo da factura mensal de electricidade entre 48 cêntimos e 92 cêntimos, o que equivaleria a um aumento tarifário entre 1,7% e 3,1%, durante um período de 20 anos.
Aliás, apesar de ao longo dos últimos meses (II e III Sessões Legislativas), o PCP ter confrontado o Ministro da Economia e outros departamentos do Estado, a própria ERSE e a Direcção-Geral de Geologia e Energia com o problema da substituição dos contadores, particularmente sobre quem iria suportar os custos elevados de tal operação, a verdade é que nunca foi obtida qualquer resposta.
Assim, este anúncio veio, confirmar o significado da «ausência de resposta às insistentes perguntas dirigidas pelo PCP»: «esconder o objectivo de fazer recair sobre os consumidores os custos dos investimentos necessários», no seguimento, aliás, «daquilo que já hoje acontece com os sobrecustos diversos decorrentes dos incentivos às energias renováveis, à co-geração, às rendas pagas aos municípios pela EDP e às consequências da reestruturação do sistema electroprodutor realizado pelos governos do PS e PSD/CDS-PP».

Uma coisa não diz com a outra

Ora, para o PCP, esta medida «é tão mais inaceitável» quanto são conhecidos os lucros da EDP, que «nos últimos 5 anos acumulou 3168 milhões de euros de lucro e nos primeiros nove meses de 2007 já contabiliza mais de 665 milhões de euros de lucro», comprovando à partida que a EDP «é capaz, sem qualquer dificuldade, de absorver os custos da mudança proposta, sem nenhum risco para a saúde financeira do sistema electroprodutor português». Mais, vem confirmar de novo «que a privatização e liberalização do mercado energético em Portugal, defendidas e aplicadas por PS, PSD e CDS-PP, apenas beneficiou a acumulação e centralização do capital, processo em que a chamada entidade reguladora se comporta como agente ao serviço dos interesses dos grandes accionistas».
O que está em causa não é a adopção de novos contadores – «que são necessários e podem ser produzidos no nosso país» –, diz o PCP, mas, sim, «mais um aumento que se fará reflectir nos bolsos dos trabalhadores e da população, assim como, das micro, pequenas e médias empresas». Razão por que, à semelhança do que aconteceu em Espanha, exige que «a adopção de novos contadores seja assumida pelo sistema electroprodutor», tendo apresentado na Assembleia da República, através do seu Grupo Parlamentar, um requerimento ao governo, questionando-o «sobre as medidas que pensa tomar» relativamente a este problema.


Mais artigos de: PCP

Desertificação aumenta

A III Assembleia da Organização Concelhia de Vila Velha de Ródão, reunida no dia 26 de Novembro, criticou a política do Governo e da maioria PS na Câmara.

País fica mais pobre

Quando da discussão do PIDDAC 2008, a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP apresentou, através do seu Grupo Parlamentar, um conjunto de 100 propostas visando corrigir a discriminação de que o distrito era alvo, atenuar as suas assimetrias e potenciar o desenvolvimento económico da região. Aliás, em sua...

Contra o rumo do Tratado

O PCP realiza hoje, com iniciativas por todo o País, uma jornada nacional de informação e esclarecimento, sob o lema «em>Outro rumo para Portugal e para a Europa. Não ao Tratado da União Europeia».Coincidindo com o dia da assinatura do «Tratado de Lisboa», a jornada conta com a participação de militantes, dirigentes e...