Belezas Americanas
Primeiro foi Alan Greenspan, o ex-presidente da Reserva Federal. O homem, que é tido por sério lá para os lados do Banco Mundial, do Fundo Mundial e da OMC, disse em «Na era da turbulência», o seu livro mais recente, que «a guerra do Iraque é, em grande medida, pelo petróleo». É um civil, dirão alguns opinadores políticos cá da terra, sempre dispostos a defender o indefensável.
Pois aqui vai outra opinião. John Abizaid não é um Zé Ninguém qualquer. É «só» o ex-comandante geral do Comando Central do Exército do Tio Sam e acaba de reconhecer o que já todos sabíamos: que a guerra que o império começou contra o Iraque em 2003 foi... pelo petróleo.
Numa conferência que decorria no auditório da universidade de Stanford, respondendo a uma pergunta sobre a razão pela qual os Estados Unidos tinham invadido o país árabe, Abizaid foi cristalino na resposta: «pois claro que foi pelo petróleo; realmente não o podemos negar».
Contrariando a «argumentação» de Bush no sentido de que se «devia» invadir o Iraque porque Sadam Hussein disponha de armas de destruição maciça, «desculpa» que, após quatro anos de uma guerra – e vários milhares de vítimas norte-americanas e perto de um milhão do lado iraquiano – que arrasta pela lama da mentira política e do crime genocida os nomes de Bush, Blair e Aznar porque todos sabiam que tais armas nunca existiram, o ex-comandante foi de uma franqueza absoluta: «Sempre temos visto o mundo árabe como uma rede de grandes estações de gasolina. A nossa mensagem para eles é: ‘Mantenham as mangueiras abertas, os preços baixos, sejam bons com os israelitas e podem fazer o que quiseram aí por esses lados”».
Por maioria esmagadora – 395 votos contra 21, mas Bush está-se nas tintas para isso – a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou uma resolução, não vinculativa, através da qual condena o desinteresse do Departamento de Estado em se debruçar sobre casos de corrupção no Iraque. Para o legislador democrata Henry Waxman, a quem correspondeu a iniciativa, a falta de transparência da Casa Branca é sinal de que «está a ocultar a corrupção no Iraque».
Uma das evidências gira à volta da empresa Hunt Oil, com sede no Texas, esse imenso território que foi «oportunamente» roubado ao México. Ray Hunt, o dono e amigalhaço de Bush, obteve um contrato para a exploração petrolífera no Iraque de uma forma que cheira a esturro. Segundo parece, utilizou a sua proximidade com Bush e um lugar no Conselho Assessor de Inteligência Estrangeira – eufemismo de espionagem – para favorecer os seus interesses empresariais. Sobre este caso, Waxman e o seu colega Dennis Kucinich afirmam que «a administração oculta a verdade ao mesmo tempo que pede milhares de milhões de dólares (para o conflito) e põe em perigo as nossas tropas. Não podemos permitir que isto aconteça». Deve aqui entender-se que se não pedisse as tais «massas» e não estivessem em riscos os soldadinhos do império, não haveria problema nenhum com a corrupção!
Califórnia: misérias do Estado Dourado
Os espanhóis, com alguns portugueses à mistura, foram os primeiros europeus a explorar este território que foi parte do México até 1850. Hoje é o terceiro estado norte-americano em tamanho, o de mais população e o líder em produção agropecuária. São Francisco e Los Angeles formam parte do american way of life. E o que se segue também!
Em Los Angeles, onde está Beverly Hills e Hollywood, vivem mais de 100 000 pessoas que têm como casa uma garagem e nos mais de 411 mil km2 do estado ascende a mais de 1,8 milhões o número de pessoas a viver em condições infra humanas. Quem o afirma é a Action Alliance for Children, uma organização sim fins lucrativos. A denúncia revela ainda que desde 1996 – era do papá Bush – até hoje o governo federal não gastou um tostão na construção de habitação pública ou de interesse social.
Ao referir o programa de ajuda para aluguer de casas para pessoas de baixos recursos, num relatório elaborado com a participação de Housing Califórnia e de outras organizações da mesma área, revela que o número de subsídios foi reduzido em quase 150 mil desde 2004 e que Bush Jr. se prepara para retirar outros 5% ao programa. Veja-se só isto: quem quiser alugar um apartamento médio de duas assoalhadas deve ganhar US$ 22,86 por hora. Entretanto, o ordenado mínimo é de US$ 6,75! É que desde 1975 o preço médio das casas subiu mais de mil porcento.
Pois aqui vai outra opinião. John Abizaid não é um Zé Ninguém qualquer. É «só» o ex-comandante geral do Comando Central do Exército do Tio Sam e acaba de reconhecer o que já todos sabíamos: que a guerra que o império começou contra o Iraque em 2003 foi... pelo petróleo.
Numa conferência que decorria no auditório da universidade de Stanford, respondendo a uma pergunta sobre a razão pela qual os Estados Unidos tinham invadido o país árabe, Abizaid foi cristalino na resposta: «pois claro que foi pelo petróleo; realmente não o podemos negar».
Contrariando a «argumentação» de Bush no sentido de que se «devia» invadir o Iraque porque Sadam Hussein disponha de armas de destruição maciça, «desculpa» que, após quatro anos de uma guerra – e vários milhares de vítimas norte-americanas e perto de um milhão do lado iraquiano – que arrasta pela lama da mentira política e do crime genocida os nomes de Bush, Blair e Aznar porque todos sabiam que tais armas nunca existiram, o ex-comandante foi de uma franqueza absoluta: «Sempre temos visto o mundo árabe como uma rede de grandes estações de gasolina. A nossa mensagem para eles é: ‘Mantenham as mangueiras abertas, os preços baixos, sejam bons com os israelitas e podem fazer o que quiseram aí por esses lados”».
Por maioria esmagadora – 395 votos contra 21, mas Bush está-se nas tintas para isso – a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou uma resolução, não vinculativa, através da qual condena o desinteresse do Departamento de Estado em se debruçar sobre casos de corrupção no Iraque. Para o legislador democrata Henry Waxman, a quem correspondeu a iniciativa, a falta de transparência da Casa Branca é sinal de que «está a ocultar a corrupção no Iraque».
Uma das evidências gira à volta da empresa Hunt Oil, com sede no Texas, esse imenso território que foi «oportunamente» roubado ao México. Ray Hunt, o dono e amigalhaço de Bush, obteve um contrato para a exploração petrolífera no Iraque de uma forma que cheira a esturro. Segundo parece, utilizou a sua proximidade com Bush e um lugar no Conselho Assessor de Inteligência Estrangeira – eufemismo de espionagem – para favorecer os seus interesses empresariais. Sobre este caso, Waxman e o seu colega Dennis Kucinich afirmam que «a administração oculta a verdade ao mesmo tempo que pede milhares de milhões de dólares (para o conflito) e põe em perigo as nossas tropas. Não podemos permitir que isto aconteça». Deve aqui entender-se que se não pedisse as tais «massas» e não estivessem em riscos os soldadinhos do império, não haveria problema nenhum com a corrupção!
Califórnia: misérias do Estado Dourado
Os espanhóis, com alguns portugueses à mistura, foram os primeiros europeus a explorar este território que foi parte do México até 1850. Hoje é o terceiro estado norte-americano em tamanho, o de mais população e o líder em produção agropecuária. São Francisco e Los Angeles formam parte do american way of life. E o que se segue também!
Em Los Angeles, onde está Beverly Hills e Hollywood, vivem mais de 100 000 pessoas que têm como casa uma garagem e nos mais de 411 mil km2 do estado ascende a mais de 1,8 milhões o número de pessoas a viver em condições infra humanas. Quem o afirma é a Action Alliance for Children, uma organização sim fins lucrativos. A denúncia revela ainda que desde 1996 – era do papá Bush – até hoje o governo federal não gastou um tostão na construção de habitação pública ou de interesse social.
Ao referir o programa de ajuda para aluguer de casas para pessoas de baixos recursos, num relatório elaborado com a participação de Housing Califórnia e de outras organizações da mesma área, revela que o número de subsídios foi reduzido em quase 150 mil desde 2004 e que Bush Jr. se prepara para retirar outros 5% ao programa. Veja-se só isto: quem quiser alugar um apartamento médio de duas assoalhadas deve ganhar US$ 22,86 por hora. Entretanto, o ordenado mínimo é de US$ 6,75! É que desde 1975 o preço médio das casas subiu mais de mil porcento.