Albaneses só aceitam independência
Responsáveis sérvios e albano-kosovares reuniram anteontem, em Bruxelas, sob a égide do grupo de mediadores constituído por representantes da UE, EUA e Rússia. Em cima da mesa esteve a discussão do estatuto político da província sérvia do Kosovo.
A três semanas de expirar o prazo estipulado pela ONU para o fim das negociações entre os governos de Belgrado e Pristina, o Presidente sérvio, Boris Tadic, e o seu primeiro-ministro, Vojislav Kostunica, procuraram demover os representantes albano-kosovares de declarem a independência do território.
A derradeira proposta da Sérvia oferece ao Kosovo um estatuto semelhante ao que goza Hong Kong face à República Popular da China, solução vista com bons olhos pela Rússia, nação que sempre rejeitou reconhecer a soberania do Kosovo e ameaça vetar a questão caso esta seja levada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para os albano-kosovares, nenhum compromisso que não passe pela independência é válido e isso mesmo ficou provado ao longo de meses de conversações em Viena.
Da parte de norte-americanos e europeus, a intransigência albano-kosovar é tolerada, de tal forma que no encontro ocorrido na capital belga os mediadores limitaram-se a tentar coordenar o processo e minorar o efeito da declaração de independência do Kosovo, tida como inevitável a partir do próximo dia 10 de Dezembro.
A posição albano-kosovar foi alegadamente reforçada pelo resultado eleitoral do último domingo. Hashim Thaci, ex-líder da guerrilha separatista albanesa do UÇK, e líder do Partido Democrático do Kosovo (PDK) venceu o sufrágio com 35 por cento dos votos. Em segundo lugar ficou, com 23 por cento, a Liga Democrática do Kosovo (LDK) do ex-presidente Ibrahim Rugova. O resultado deixa antever uma coligação governamental entre as duas forças políticas independentistas.
Sobre a democraticidade e lisura do acto pouco foi avançado pelos observadores internacionais às eleições, mas os números oficiais não ocultam que mais de metade da população, cerca de 55 por cento, não compareceu às urnas. A comunidade de origem sérvia absteve-se de participar.
A três semanas de expirar o prazo estipulado pela ONU para o fim das negociações entre os governos de Belgrado e Pristina, o Presidente sérvio, Boris Tadic, e o seu primeiro-ministro, Vojislav Kostunica, procuraram demover os representantes albano-kosovares de declarem a independência do território.
A derradeira proposta da Sérvia oferece ao Kosovo um estatuto semelhante ao que goza Hong Kong face à República Popular da China, solução vista com bons olhos pela Rússia, nação que sempre rejeitou reconhecer a soberania do Kosovo e ameaça vetar a questão caso esta seja levada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para os albano-kosovares, nenhum compromisso que não passe pela independência é válido e isso mesmo ficou provado ao longo de meses de conversações em Viena.
Da parte de norte-americanos e europeus, a intransigência albano-kosovar é tolerada, de tal forma que no encontro ocorrido na capital belga os mediadores limitaram-se a tentar coordenar o processo e minorar o efeito da declaração de independência do Kosovo, tida como inevitável a partir do próximo dia 10 de Dezembro.
A posição albano-kosovar foi alegadamente reforçada pelo resultado eleitoral do último domingo. Hashim Thaci, ex-líder da guerrilha separatista albanesa do UÇK, e líder do Partido Democrático do Kosovo (PDK) venceu o sufrágio com 35 por cento dos votos. Em segundo lugar ficou, com 23 por cento, a Liga Democrática do Kosovo (LDK) do ex-presidente Ibrahim Rugova. O resultado deixa antever uma coligação governamental entre as duas forças políticas independentistas.
Sobre a democraticidade e lisura do acto pouco foi avançado pelos observadores internacionais às eleições, mas os números oficiais não ocultam que mais de metade da população, cerca de 55 por cento, não compareceu às urnas. A comunidade de origem sérvia absteve-se de participar.