Grandes grupos financeiros determinam vida do País
Os bancários comunistas de Lisboa acusam «dois ou três grupos financeiros» de dominarem e determinarem a vida do País, à revelia dos portugueses e mesmo das instituições democráticas.
O Governo do PS e os anteriores «são parte dos organigramas» dos grupos financeiros
Em comunicado de 30 de Agosto, o organismo de Direcção dos Bancários da Organização Regional de Lisboa do PCP considera que «quer os portugueses quer as instituições democráticas – desde o parlamento às instituições representativas dos trabalhadores – não são ouvidos nem achados sobre a evolução da monopolização financeira». Este processo, destaca, tem lugar num sector estratégico para a economia portuguesa e tem consequências «gravíssimas para o País».
Para os comunistas, «com a desnacionalização da banca e todo o ulterior processo de privatizações, que foi acompanhado das mais violentas campanhas de delapidação da riqueza nacional», a banca passou a ser património daqueles grupos financeiros. Grupos estes ligados a «centros financeiros multinacionais».
O «brutal poder económico» destes grupos, considera o PCP, «permite-lhes o domínio absoluto do poder político». Para os comunistas, é possível hoje afirmar que o Governo PS, bem como os anteriores, do PSD e CDS/PP, «são parte integrante dos organigramas desses grupos financeiros».
Segundo os bancários comunistas, o domínio político e económico destes grandes grupos financeiros tem como consequência que as mais-valias criadas e parte considerável do capital das empresas não financeiras «deixem de contribuir para o desenvolvimento económico». Tal riqueza, sustentam, «é transferida e vai aumentar os activos e os lucros daqueles grupos financeiros».
Lucros aumentam
Para o PCP, «perante a gravidade da crise e a degradação económica e social do País – que atinge sobretudo os trabalhadores e, também, os do sector bancário – esta situação, além de ilegítima, tem profundas e negativas repercussões sociais, com o grave empobrecimento da população e a destruição do tecido económico produtivo». Só no primeiro trimestre deste ano, realça, os lucros dos quatro maiores bancos privados (BCP, BES, BBPI e BST) aumentaram 23 por cento face a igual período de 2006, atingindo 1 137 milhões de euros.
Tais lucros, afirmam os comunistas, «assentam sobretudo na especulação financeira» e levam a aumentos ainda maiores das taxas de juro que irão repercutir-se, alertam, «nos já depauperados rendimentos da população». Mas o PCP considera que «tudo isto não seria possível sem o domínio do poder político e do Governo por este formidável poder económico».
Este domínio, acrescenta, permitiu também «criar e manter um sistema fiscal injusto e extremamente favorável ao sector financeiro, ao contrário do que acontece com as micro, pequenas e médias empresas». Só assim se percebe que no ano passado os lucros da banca não sujeitos a impostos tenham atingido, em 2006, 1 488 milhões de euros, representando perdas para o Estado da ordem dos 409 milhões de euros.
Concluindo, os bancários comunistas destacam ser este o resultado de «mais de 30 anos de uma política reaccionária e de desmantelamento do Estado democrático consagrado na Constituição da República Portuguesa, contra os trabalhadores e o povo português, que o actual Governo do PS está a agravar e a levar a um grau sem precedentes». Face a esta situação, o PCP exorta os trabalhadores do sector e a população portuguesa a «juntar-se ao PCP na luta contra esta exploração desenfreada».
Para os comunistas, «com a desnacionalização da banca e todo o ulterior processo de privatizações, que foi acompanhado das mais violentas campanhas de delapidação da riqueza nacional», a banca passou a ser património daqueles grupos financeiros. Grupos estes ligados a «centros financeiros multinacionais».
O «brutal poder económico» destes grupos, considera o PCP, «permite-lhes o domínio absoluto do poder político». Para os comunistas, é possível hoje afirmar que o Governo PS, bem como os anteriores, do PSD e CDS/PP, «são parte integrante dos organigramas desses grupos financeiros».
Segundo os bancários comunistas, o domínio político e económico destes grandes grupos financeiros tem como consequência que as mais-valias criadas e parte considerável do capital das empresas não financeiras «deixem de contribuir para o desenvolvimento económico». Tal riqueza, sustentam, «é transferida e vai aumentar os activos e os lucros daqueles grupos financeiros».
Lucros aumentam
Para o PCP, «perante a gravidade da crise e a degradação económica e social do País – que atinge sobretudo os trabalhadores e, também, os do sector bancário – esta situação, além de ilegítima, tem profundas e negativas repercussões sociais, com o grave empobrecimento da população e a destruição do tecido económico produtivo». Só no primeiro trimestre deste ano, realça, os lucros dos quatro maiores bancos privados (BCP, BES, BBPI e BST) aumentaram 23 por cento face a igual período de 2006, atingindo 1 137 milhões de euros.
Tais lucros, afirmam os comunistas, «assentam sobretudo na especulação financeira» e levam a aumentos ainda maiores das taxas de juro que irão repercutir-se, alertam, «nos já depauperados rendimentos da população». Mas o PCP considera que «tudo isto não seria possível sem o domínio do poder político e do Governo por este formidável poder económico».
Este domínio, acrescenta, permitiu também «criar e manter um sistema fiscal injusto e extremamente favorável ao sector financeiro, ao contrário do que acontece com as micro, pequenas e médias empresas». Só assim se percebe que no ano passado os lucros da banca não sujeitos a impostos tenham atingido, em 2006, 1 488 milhões de euros, representando perdas para o Estado da ordem dos 409 milhões de euros.
Concluindo, os bancários comunistas destacam ser este o resultado de «mais de 30 anos de uma política reaccionária e de desmantelamento do Estado democrático consagrado na Constituição da República Portuguesa, contra os trabalhadores e o povo português, que o actual Governo do PS está a agravar e a levar a um grau sem precedentes». Face a esta situação, o PCP exorta os trabalhadores do sector e a população portuguesa a «juntar-se ao PCP na luta contra esta exploração desenfreada».