Fusão e privatização
Os conselhos de administração da Gaz de France (GDF) e do grupo privado franco-belga Suez aprovaram, no domingo, 2, a sua fusão, criando um gigante energético participado em 35 por cento pelo estado gaulês.
Os sindicatos receiam despedimentos e aumento das tarifas
Esta operação foi contestada unanimemente pelos sindicatos, que a qualificam como um projecto «nefasto» para os trabalhadores e consumidores. A CGT acusou o presidente Nicolas Sarkozy de ter defraudado um compromisso eleitoral, lembrando que o candidato prometeu «não privatizar a GDF por a considerar como uma empresa estratégica para a Nação».
A maior central sindical francesa sublinha ainda que «a minoria de bloqueio que o Estado conserva não lhe permitirá dirigir a empresa», que ficará exposta «aos apetites financeiros, os quais determinarão o fim das tarifas controladas do gás, alinhando-as pelos preços de mercado».
Em causa fica também a aliança histórica entre a GDF e a EDF (a companhia estatal de electricidade), com prejuízo para a qualidade do serviço, já que as duas empresas agora colocadas em concorrência cessarão as áreas comuns de actividade que sempre desenvolveram.
Mau negócio
O presidente do grupo parlamentar do Partido Socialista francês condenou igualmente a fusão, designando-a como «uma espectacular privatização», com a qual «toda a gente sai a perder: o país inteiro verá gravemente ameaçada a sua independência energética; os franceses e as suas empresas são sofrer a subida acentuada das tarifas; os trabalhadores de Suez e de GDF verão o seu emprego e estatuto precarizados».
O novo grupo, que adoptará a designação GDF-Suez, constitui-se como o segundo produtor de electricidade em França, logo atrás do grupo estatal EDF, e com a primeira empresa europeia no sector do gás, com uma capitalização bolsista de 90 mil milhões de euros e uma facturação anual conjunta de 72 mil milhões de euros.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, ambas as companhias calculam que a fusão poderá implicar ganhos na ordem dos mil milhões de euros até 2013, o que prenuncia profundas reestruturações que implicarão a destruição de milhares de postos de trabalho.
Actualmente a GDF, da qual o estado possuía 70 por cento do capital, emprega cerca de 52 mil trabalhadores. Por seu turno, o grupo Suez conta com perto de 140 mil trabalhadores distribuídos por vários países.
O actual presidente da Suez, Gérard Mestrallet, manterá o mesmo cargo no novo grupo, reservando a vice-presidência para o actual presidente da GDF, Jean-François Cirelli.
A maior central sindical francesa sublinha ainda que «a minoria de bloqueio que o Estado conserva não lhe permitirá dirigir a empresa», que ficará exposta «aos apetites financeiros, os quais determinarão o fim das tarifas controladas do gás, alinhando-as pelos preços de mercado».
Em causa fica também a aliança histórica entre a GDF e a EDF (a companhia estatal de electricidade), com prejuízo para a qualidade do serviço, já que as duas empresas agora colocadas em concorrência cessarão as áreas comuns de actividade que sempre desenvolveram.
Mau negócio
O presidente do grupo parlamentar do Partido Socialista francês condenou igualmente a fusão, designando-a como «uma espectacular privatização», com a qual «toda a gente sai a perder: o país inteiro verá gravemente ameaçada a sua independência energética; os franceses e as suas empresas são sofrer a subida acentuada das tarifas; os trabalhadores de Suez e de GDF verão o seu emprego e estatuto precarizados».
O novo grupo, que adoptará a designação GDF-Suez, constitui-se como o segundo produtor de electricidade em França, logo atrás do grupo estatal EDF, e com a primeira empresa europeia no sector do gás, com uma capitalização bolsista de 90 mil milhões de euros e uma facturação anual conjunta de 72 mil milhões de euros.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, ambas as companhias calculam que a fusão poderá implicar ganhos na ordem dos mil milhões de euros até 2013, o que prenuncia profundas reestruturações que implicarão a destruição de milhares de postos de trabalho.
Actualmente a GDF, da qual o estado possuía 70 por cento do capital, emprega cerca de 52 mil trabalhadores. Por seu turno, o grupo Suez conta com perto de 140 mil trabalhadores distribuídos por vários países.
O actual presidente da Suez, Gérard Mestrallet, manterá o mesmo cargo no novo grupo, reservando a vice-presidência para o actual presidente da GDF, Jean-François Cirelli.