Apurar toda a verdade
O Conselho da Europa aprovou, dia 27, o segundo relatório do deputado suíço Dick Marty sobre os voos e detenções ilegais realizados pelos serviços secretos norte-americanos (CIA), entre 2003 e 2005, que exige aos parlamentos dos 47 estados membros a abertura de investigações.
A resolução obteve 124 votos a favor, 37 contra e oito abstenções, depois de terem sido rejeitadas numerosas propostas de emendas apresentadas pelas delegações da Polónia e Roménia, os dois principais países visados no relatório.
O autor do relatório sublinhou, em especial, a necessidade de os parlamentos de Varsóvia e Bucareste apurarem os factos, pressionando os respectivos governos a «assumir a responsabilidade para que seja conhecida a verdade».
No entanto, durante a sessão, deputados polacos e romenos contestaram o relatório de Marty, considerando-o «fantasioso» e «sem objectividade».
O deputado suíço replicou, notando que o documento «não é um romance policial, mas o resultado de investigações complicadas dado que, faltando a colaboração dos governos, foi preciso recolher as informações junto de fontes confidenciais e, depois, cruzar dados».
Na abertura do debate, Marty revelou que a Casa Branca e o jornal The Washington Post chegaram a acordo, em Novembro de 2005, para não citar a Polónia e a Roménia como países receptadores de detidos da CIA.
A Alemanha e a Itália, entre outros países, são censuradas pelos obstáculos colocados às investigações a pretexto da «segurança nacional» ou do «segredo de Estado».
Pelo contrário, a Bósnia-Herzegovina é referida por ter admitido que permitiu a detenção de seis indivíduos pela CIA no seu território, apresentando por esse facto desculpas públicas.
O relatório convida os estados-membros a «não voltar a autorizar o transporte de detidos para Guantanamo - a base naval norte-americana em Cuba -, nem prisões ilegais no seu território».
O relatório do Conselho da Europa aponta ainda a colaboração da Aliança Atlântica (NATO), organização que supriu «as necessidades operacionais da CIA».
O autor do relatório sublinhou, em especial, a necessidade de os parlamentos de Varsóvia e Bucareste apurarem os factos, pressionando os respectivos governos a «assumir a responsabilidade para que seja conhecida a verdade».
No entanto, durante a sessão, deputados polacos e romenos contestaram o relatório de Marty, considerando-o «fantasioso» e «sem objectividade».
O deputado suíço replicou, notando que o documento «não é um romance policial, mas o resultado de investigações complicadas dado que, faltando a colaboração dos governos, foi preciso recolher as informações junto de fontes confidenciais e, depois, cruzar dados».
Na abertura do debate, Marty revelou que a Casa Branca e o jornal The Washington Post chegaram a acordo, em Novembro de 2005, para não citar a Polónia e a Roménia como países receptadores de detidos da CIA.
A Alemanha e a Itália, entre outros países, são censuradas pelos obstáculos colocados às investigações a pretexto da «segurança nacional» ou do «segredo de Estado».
Pelo contrário, a Bósnia-Herzegovina é referida por ter admitido que permitiu a detenção de seis indivíduos pela CIA no seu território, apresentando por esse facto desculpas públicas.
O relatório convida os estados-membros a «não voltar a autorizar o transporte de detidos para Guantanamo - a base naval norte-americana em Cuba -, nem prisões ilegais no seu território».
O relatório do Conselho da Europa aponta ainda a colaboração da Aliança Atlântica (NATO), organização que supriu «as necessidades operacionais da CIA».