CDU preocupada com a mobilidade

Problemas graves em Lisboa

Ruben de Carvalho, candidato da CDU à Câmara de Lisboa, responsabilizou, segunda-feira, Carmona Rodrigues pelo atraso das obras no Metro na Praça do Comércio.

O peão, os transportes públicos e espaços públicos foram a prioridade assumida

«Não penso que o perfil profissional seja relevante, mas por ter sido ministro (das Obras Públicas), podia ter tido um papel mais interventivo do que teve estes dois anos», assegurou Ruben de Carvalho, durante uma visita às obras do Metro na Praça do Comércio.
Aos jornalistas, o candidato da CDU alertou para o facto de as obras numa «zona nobre da cidade» já se estenderem há quase uma década, quando era suposto estarem concluídas em dois anos. Alertou ainda para os problemas que o atraso na conclusão da linha do metropolitano na Praça do Comércio provoca noutros pontos da cidade.
«As obras causam prejuízos no prolongamento da linha metropolitana à estação de Santa Apolónia, tem efeitos no Túnel do Rossio, leva à não utilização do elevador da Glória e causa também prejuízos na estação de Entrecampos, que foi afunilada devido ao Rossio não poder ser utilizado», explicou.
O peão, os transportes públicos e espaços públicos foram a prioridade assumida pela CDU para a Câmara de Lisboa. Neste sentido, Ruben de Carvalho considerou fundamental «atenuar o fluxo de viaturas particulares na cidade, criando parques junto a transportes públicos».
O candidato afirmou ainda que é fulcral investir no diálogo com o Governo porque há «problemas graves de mobilidade e trânsito cuja resolução própria é limitada», como é o caso da gestão do Porto de Lisboa.
Outro dos problemas apontados por Ruben de Carvalho tem que ver com a Autoridade Metropolitana de Transportes, visto que diariamente entram em Lisboa 400 mil viaturas da área metropolitana de Lisboa, o que exige um papel da Câmara mais pró-activo junto do Governo para a resolução do problema.
Na terça-feira, a CDU teve um encontro com a Federação do Taxi a fim de se inteirar dos problemas deste sector.

Conservação do aeroporto da Portela

Ruben de Carvalho, destacou, na passada semana, a importância, para o turismo, da conservação do aeroporto da Portela, independentemente da construção de uma nova estrutura.
«Sabe-se que a Câmara de Lisboa e estruturas associativas como a Associação de Turismo de Lisboa têm posições muito firmes relativamente a esta questão, nomeadamente no tocante à conservação da Portela como um aeroporto de particular importância para Lisboa e para o turismo», afirmou.
O cabeça de lista da CDU disse ainda que, além da Câmara, outras estruturas defenderam que o aeroporto da Portela deve manter-se «tendo em conta a sua utilidade do ponto de vista turístico». Acrescentou também que Lisboa é hoje um dos principais destinos turísticos da Europa, sobretudo para «as pequenas férias» ou «férias de fim-de-semana», com «grande expressão na hotelaria e na restauração».

Dívida de 832 milhões

A Câmara Municipal de Lisboa acumula uma dívida a fornecedores de 832 milhões de euros, uma situação de «ruptura financeira», de acordo com o relatório de execução financeira da autarquia relativo ao primeiro trimestre deste ano.
Segundo o relatório de execução financeira do primeiro trimestre de 2007, citado pelo Rádio Clube Português, existe um «desequilíbrio financeiro estrutural ou de ruptura financeira» na autarquia lisboeta.
A 31 de Março deste ano, a dívida a fornecedores a curto prazo situava-se nos 316 milhões de euros, sendo a dívida a fornecedores a médio e longo prazo de 516 milhões de euros.
A dívida a fornecedores na globalidade representa 90 por cento da receita de 2006, afirma o relatório, acrescentando que «evidencia um agravamento da situação financeira nas suas várias vertentes».


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