Carris pára segunda-feira

A sucessiva imposição de actualizações salariais inferiores à taxa de inflação e a violação sistemática de direitos consagrados no Acordo de Empresa, enquanto se mantêm mordomias para a administração, exige uma resposta única e organizada dos trabalhadores da Carris, afirma a Festru/CGTP-IN, num comunicado em que apela à participação na greve convocada para a próxima segunda-feira, dia 16.
A paralisação, convocada também por outras estruturas sindicais, abrange o período entre as 3 e as 12 horas. Em todas as estações (Santo Amaro, Miraflores, Cabo Ruivo, Musgueira e Pontinha), a partir das 9 horas, decorrerá um plenário geral de trabalhadores, descentralizado, onde será tomada uma decisão sobre «uma nova greve, que coincida com forma de luta, em conjunto com outras empresas, nomeadamente do sector dos transportes» - como se refere no texto da resolução que será colocada à apreciação dos operários.
Do conselho de administração, será exigida a reabertura das negociações salariais, para procurar um acordo sobre aumentos salariais justos, para além do valor de 1,5 por cento decretado na empresa. Exige-se também o fim da prepotência e do autoritarismo, com expressão em processos disciplinares com intenção de despedimento, os quais, ou não fazem qualquer sentido, ou referem-se a infracções menores. Outras matérias que os trabalhadores e a Festru querem ver tratadas têm a ver com o preenchimento de vagas para efectivos no sector de tráfego, acções repressivas por não utilização de placas identificadoras, alteração unilateral de funções e recusa de encontrar soluções para o transporte de deficientes em carreiras normais.
Ao Governo são imputadas as responsabilidades máximas pela conduta da administração da Carris, mas também pela condução de uma política que desencadeia «novos ataques aos direitos dos trabalhadores, através da chamada flexi-segurança, que assentaria que nem uma luva no sector dos transportes», ameaçando degradar ainda mais, em particular, a organização do tempo de trabalho, refere a federação, no comunicado, em que condena a «política destruidora» que atinge o sector.


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