A luta continua!
Numa iniciativa comemorativa do 86.º aniversário do PCP, que se junta a mais de meia centena de outras na região do Alentejo, reuniram-se, num almoço em Montemor-o-Novo, 1200 comunistas e amigos do Partido, vindos dos três distritos e do Litoral da Região Alentejo.
Ao Governo, «só falta fechar o Alentejo e despedir os alentejanos»
Nas instalações do Parque de Exposições de Montemor-o-Novo – cidade de tradições patriotas, progressistas e revolucionárias –, 70 voluntários asseguraram a confecção do almoço e o arranjo do recinto exterior onde, após um intermezzo musical, se realizaram as intervenções políticas.
«Temos hoje uma política nacional que em vez do emprego, da educação e do bem estar promove o desemprego, a elitização do ensino e a miséria», afirmou Lígia Faria, membro da comissão política da JCP e da DOREV, responsabilizando a política de ensino do Governo, nomeadamente em Évora, pelas «incertezas e angústias» que pairam sobre o presente e o futuro de centenas de milhares de jovens.
Por sua vez, Manuel Valente, intervindo em nome da Direcção Regional do Alentejo, responsabilizou igualmente o Governo pela situação em que o povo alentejano vive, fruto nomeadamente da sua política de encerramento de serviços públicos. Aliás, ironizou, «por este caminho, só falta fechar o Alentejo e despedir os alentejanos».
Entretanto, no palco encontravam-se vários dirigentes nacionais e regionais da JCP e do Partido, entre eles, José Catalino e Luísa Araújo, membros da Comissão Política, que ladeavam o secretário-geral Jerónimo de Sousa, recebido de forma efusiva e calorosa pelas muitas centenas de camaradas que, no exterior e apesar do vento agreste, aguardavam a sua intervenção.
Perigos e potencialidades
Jerónimo de Sousa, depois de saudar os presentes, abordou as quase nove décadas de vida do PCP e do seu insubstituível papel na sociedade portuguesa, de um partido «que jamais virou a cara à luta dos trabalhadores e do povo e à perspectiva de construir uma sociedade mais justa e democrática – a sociedade socialista – e à concretização dos ideais libertadores do comunismo».
Mas este Partido, cuja criação está intrinsecamente ligada à Revolução de Outubro, «continua a ser a grande referência para todos os que lutam pelo fim da exploração do homem pelo homem». E referindo-se ao estilo de trabalho do Partido – patente na recente edição das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal –, lembrou «o conceito de colectivo partidário, como princípio essencial do estilo de trabalho do Partido, da democracia interna, da unidade, da disciplina e da coesão partidária, são a força essencial do nosso Partido», cuja história é «indissociável da história do nosso povo». Aliás, como sublinhou, «aqui, no Alentejo, podemos afirmar e confirmar que a luta dos trabalhadores e do povo alentejano é também a luta do Partido Comunista Português».
Referindo-se, depois, ao esforço de organização e considerando este último ano como «um dos anos, nas últimas décadas, mais significativo em matéria de progresso de organização partidária», exortou os presentes a prosseguir este esforço organizativo.
Jerónimo de Sousa, referindo-se às malfeitorias do Governo de Sócrates – cujo nome, cada vez que era citado, merecia da audiência uma saraivada de apupos –, acusou-o de tudo fazer em favor do capital monopolista e financeiro, enquanto pede mais e mais sacrifícios aos portugueses.
«A ofensiva do imperialismo e do capital continua em todas as frentes», concluiu Jerónimo de Sousa, considerando, entretanto, que basta olhar para o mundo para se verificar «que o capitalismo não é solução para o futuro da humanidade, nestes tempos carregados de perigos e de reais retrocessos históricos e civilizacionais», perigos que não anulam «as potencialidades da luta e do avanço progressista».
«Temos hoje uma política nacional que em vez do emprego, da educação e do bem estar promove o desemprego, a elitização do ensino e a miséria», afirmou Lígia Faria, membro da comissão política da JCP e da DOREV, responsabilizando a política de ensino do Governo, nomeadamente em Évora, pelas «incertezas e angústias» que pairam sobre o presente e o futuro de centenas de milhares de jovens.
Por sua vez, Manuel Valente, intervindo em nome da Direcção Regional do Alentejo, responsabilizou igualmente o Governo pela situação em que o povo alentejano vive, fruto nomeadamente da sua política de encerramento de serviços públicos. Aliás, ironizou, «por este caminho, só falta fechar o Alentejo e despedir os alentejanos».
Entretanto, no palco encontravam-se vários dirigentes nacionais e regionais da JCP e do Partido, entre eles, José Catalino e Luísa Araújo, membros da Comissão Política, que ladeavam o secretário-geral Jerónimo de Sousa, recebido de forma efusiva e calorosa pelas muitas centenas de camaradas que, no exterior e apesar do vento agreste, aguardavam a sua intervenção.
Perigos e potencialidades
Jerónimo de Sousa, depois de saudar os presentes, abordou as quase nove décadas de vida do PCP e do seu insubstituível papel na sociedade portuguesa, de um partido «que jamais virou a cara à luta dos trabalhadores e do povo e à perspectiva de construir uma sociedade mais justa e democrática – a sociedade socialista – e à concretização dos ideais libertadores do comunismo».
Mas este Partido, cuja criação está intrinsecamente ligada à Revolução de Outubro, «continua a ser a grande referência para todos os que lutam pelo fim da exploração do homem pelo homem». E referindo-se ao estilo de trabalho do Partido – patente na recente edição das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal –, lembrou «o conceito de colectivo partidário, como princípio essencial do estilo de trabalho do Partido, da democracia interna, da unidade, da disciplina e da coesão partidária, são a força essencial do nosso Partido», cuja história é «indissociável da história do nosso povo». Aliás, como sublinhou, «aqui, no Alentejo, podemos afirmar e confirmar que a luta dos trabalhadores e do povo alentejano é também a luta do Partido Comunista Português».
Referindo-se, depois, ao esforço de organização e considerando este último ano como «um dos anos, nas últimas décadas, mais significativo em matéria de progresso de organização partidária», exortou os presentes a prosseguir este esforço organizativo.
Jerónimo de Sousa, referindo-se às malfeitorias do Governo de Sócrates – cujo nome, cada vez que era citado, merecia da audiência uma saraivada de apupos –, acusou-o de tudo fazer em favor do capital monopolista e financeiro, enquanto pede mais e mais sacrifícios aos portugueses.
«A ofensiva do imperialismo e do capital continua em todas as frentes», concluiu Jerónimo de Sousa, considerando, entretanto, que basta olhar para o mundo para se verificar «que o capitalismo não é solução para o futuro da humanidade, nestes tempos carregados de perigos e de reais retrocessos históricos e civilizacionais», perigos que não anulam «as potencialidades da luta e do avanço progressista».