Alfredo Reinado a monte em Timor-Leste

Australianos encabeçam operações

As tropas australianas estacionadas em Timor-Leste lançaram uma operação de captura contra o major Alfredo Reinado. Em Díli, grupos de jovens aproveitaram para criar distúrbios.

Camberra mantém estado de alerta máximo no território

A campanha militar das tropas de Camberra começou na madrugada de domingo, em Same, no Sul do País, localidade para onde Reinado fugiu acompanhado pelo grupo de ex-militares rebeldes que lhe são fiéis. Cinco desses homens acabaram por morrer durante o ataque das tropas australianas, mas o major, aparentemente desavindo com as chefias militares e políticas timorenses e responsável pela abertura da maior crise política e social no país desde a independência, conseguiu escapar ao cerco, fuga cujos contornos não se encontram ainda cabalmente apurados, aliás, à semelhança do que aconteceu no ano passado quando ameaçava abertamente o governo liderado pela Fretilin.
Fontes militares e diplomáticas da Austrália declararam que os passos em curso são agora no sentido da captura de Reinado. As autoridades anunciam mesmo uma «caça ao homem», mas as informações contrastam com as veiculadas pela agência de notícias indonésia que garante que o grupo e o líder se encontram «sãos e salvos» numa área próxima de Same.

Distúrbios e alerta máximo

Entretanto, o comando australiano mantém o estado de alerta máximo decretado desde sexta-feira da semana passada no território. Os responsáveis pelas relações exteriores australianas revelam mesmo planos de evacuação de cidadãos nacionais em face do que consideram ser um cenário «perigoso e instável» com potenciais «ameaças contra estrangeiros». As medidas de prevenção não estão a ser seguidas por nenhum outro governo cujos cidadãos se encontrem em Timor, incluindo o português.
É neste quadro que alguns grupos de jovens aproveitaram para, mais uma vez, criar distúrbios na capital maubere. Em Díli, vários bairros registaram acções violentas. As mais graves foram o assalto às instalações do ministério da Educação, e os ataques às residências de familiares do presidente, Xanana Gusmão, e de um graduado das Falintil não identificado.
Outro dos focos de descontentamento é a suposta escassez de géneros alimentares. A situação leva muitos populares a tentarem resgatar arroz armazenado em edifícios afectos aos programas de ajuda alimentar ao país. Fica por explicar a razão pela qual os bens de primeira necessidade não estão a seguir o curso normal de distribuição previsto.


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