Milhares contra ocupação
Milhares de afegãos saíram às ruas da cidade de Jalalabad para exigirem a retirada imediata das tropas ocupantes dos EUA e da NATO, as quais, acusam, são responsáveis pela violência que grassa no território.
Durante os protestos desta terça-feira, os participantes apontaram o dedo aos militares da ISAF responsabilizando-os pelos recentes massacres em que morreram 25 civis afegãos.
Pelo menos duas mil pessoas, segundo agências internacionais, estenderam o protesto das ruas até à principal estrada de ligação entre a metrópole e a capital do país, Cabul. O objectivo foi, de acordo com as mesmas fontes, pressionar o governo liderado por Hamid Karzai a abrir um inquérito exaustivo e sério aos acontecimentos de domingo e segunda-feira.
Em causa estão dois ataques perpetrados pelos contingentes ocupantes. Domingo, soldados norte-americanos abriram fogo indiscriminadamente sobre a multidão na sequência de um ataque suicida que ocorreu junto da zona que patrulhavam. 16 civis foram abatidos a sangue frio.
No dia seguinte, outros nove afegãos, cinco mulheres, quatro crianças e um homem idoso, perderam a vida depois da aviação da NATO ter lançado uma chuva de bombas sobre a habitação onde se encontravam, na localidade de Kapisa.
«Operação Aquiles» em marcha
Paralelamente, na província de Helmand, continuam os intensos combates entre ocupantes e resistência pelo controlo daquela parcela no Sul do Afeganistão.
Na Região, os rebeldes - que administram desde Janeiro último várias localidades e a cidade de Musa Qala - movimentavam-se com quase total liberdade, podendo desferir com relativa facilidade ataques contra as tropas da coligação. Fevereiro foi um mês infernal para norte-americanos e respectivos aliados no Afeganistão, e a fazer fé nas declarações de influentes dirigentes da resistência, a Primavera trará uma vaga de acções de guerra nunca vistas desde o início da invasão do país, em 2001.
O arranque, anteontem, da «Operação Aquiles» parece ter como finalidade resgatar novamente para as mãos do comando internacional e das forças colaboracionistas de Cabul algumas zonas consideradas fundamentais na província de Helmand.
No terreno de batalha, a NATO dispôs do maior efectivo conjunto com as forças governamentais. Um total de 4500 militares da ISAF e um milhar de soldados afegãos fieis a Karzai participam na «Operação Aquiles». A julgar pelos recentes massacres de civis no Afeganistão, a campanha agora em marcha promete voltar a dar que falar pelos piores motivos.
Durante os protestos desta terça-feira, os participantes apontaram o dedo aos militares da ISAF responsabilizando-os pelos recentes massacres em que morreram 25 civis afegãos.
Pelo menos duas mil pessoas, segundo agências internacionais, estenderam o protesto das ruas até à principal estrada de ligação entre a metrópole e a capital do país, Cabul. O objectivo foi, de acordo com as mesmas fontes, pressionar o governo liderado por Hamid Karzai a abrir um inquérito exaustivo e sério aos acontecimentos de domingo e segunda-feira.
Em causa estão dois ataques perpetrados pelos contingentes ocupantes. Domingo, soldados norte-americanos abriram fogo indiscriminadamente sobre a multidão na sequência de um ataque suicida que ocorreu junto da zona que patrulhavam. 16 civis foram abatidos a sangue frio.
No dia seguinte, outros nove afegãos, cinco mulheres, quatro crianças e um homem idoso, perderam a vida depois da aviação da NATO ter lançado uma chuva de bombas sobre a habitação onde se encontravam, na localidade de Kapisa.
«Operação Aquiles» em marcha
Paralelamente, na província de Helmand, continuam os intensos combates entre ocupantes e resistência pelo controlo daquela parcela no Sul do Afeganistão.
Na Região, os rebeldes - que administram desde Janeiro último várias localidades e a cidade de Musa Qala - movimentavam-se com quase total liberdade, podendo desferir com relativa facilidade ataques contra as tropas da coligação. Fevereiro foi um mês infernal para norte-americanos e respectivos aliados no Afeganistão, e a fazer fé nas declarações de influentes dirigentes da resistência, a Primavera trará uma vaga de acções de guerra nunca vistas desde o início da invasão do país, em 2001.
O arranque, anteontem, da «Operação Aquiles» parece ter como finalidade resgatar novamente para as mãos do comando internacional e das forças colaboracionistas de Cabul algumas zonas consideradas fundamentais na província de Helmand.
No terreno de batalha, a NATO dispôs do maior efectivo conjunto com as forças governamentais. Um total de 4500 militares da ISAF e um milhar de soldados afegãos fieis a Karzai participam na «Operação Aquiles». A julgar pelos recentes massacres de civis no Afeganistão, a campanha agora em marcha promete voltar a dar que falar pelos piores motivos.