Reforma da terra na África do Sul

O governo sul-africano iniciou um processo de reforma da terra no país cuja finalidade é devolver terrenos agrícolas a famílias e comunidades locais impedidas de aceder à propriedade fundiária e à produção para subsistência.
A medida abrange sobretudo a população negra, sujeita durante décadas ao regime explorador do Apartheid e, por isso, afastada da posse da terra, cuja esmagadora maioria se encontra ainda nas mãos de fazendeiros brancos.
Numa primeira fase, o governo de Pretória expropriou mais de 25 mil hectares numa província a Norte da Cidade do Cabo. A quinta, plena de solo arável e rica em jazidas de diamantes, era propriedade da Igreja Evangélica Luterana. Durante dois anos, o ministério da Agricultura e da Terra negociou com os representantes do clero a compra da propriedade, mas face à exigência de uma compensação de 10 milhões de dólares reclamada por estes, o governo de Mbeki decidiu expropriar as terras por pouco menos que metade daquele valor.
Para já, beneficiam da decisão governamental 471 famílias sul-africanas, mas a reforma, prometem as autoridades, é para continuar em ritmo acelerado. Favorável à redistribuirão da propriedade estão a população e os sectores políticos e sociais progressistas, para quem a restruturação da propriedade fundiária devia já ter avançado há alguns anos.
Contra a reforma agrária estão os latifundiários brancos e as multinacionais do sector do minério, que nos últimos meses têm agitado o país com o perigo do início de uma crise como a que ocorre actualmente no Zimbabwe pelo mesmo motivo, a posse do solo.


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