A direcção eleita decidiu que as futuras reuniões da Comissão Concelhia serão mensais e descentralizadas, rodando a sua localização entre as diferentes freguesias. Durante a Assembleia dois novos militantes aderiram ao Partido.
Na resolução política aprovada destaca-se que a efectivação desta assembleia decorre ela mesma de um «significativo reforço da organização, intervenção e influência do Partido no concelho». No documento, afirma-se a determinação da organização concelhia em prosseguir a responsabilização de quadros e a distribuição de tarefas entre os quadros do Partido. A integração dos novos inscritos nos organismos e o recrutamento dirigido – fundamentalmente a sindicalistas, a integrantes nas listas da CDU e a jovens e mulheres trabalhadores.
O aumento da venda do Avante! e de O Militante é outra das orientações traçadas, a par com o reforço do contacto regular entre o Partido e os militantes. Para os comunistas de Penalva do Castelo, a concretização integrada deste conjunto de orientações e direcções de trabalho «constituirá uma ajuda decisiva para o reforço orgânico do Partido e dará um forte contributo para uma ligação mais profunda aos problemas dos trabalhadores e das populações do concelho».
O reforço do Partido é tão mais importante quanto se agrava a situação social do concelho: entre 1991 e 2001, o desemprego aumentou 127,6 por cento, enquanto a taxa de analfabetismo se mantinha nos 17 por cento. Em 2001, prossegue a resolução aprovada, 47 por cento da população activa trabalhava no sector secundário, nomeadamente na construção e indústria extractiva. Para os comunistas, o desenvolvimento económico e social do concelho exige a ruptura clara com o modelo seguido nas últimas décadas.