De Norte a Sul do País

Pelo direito à saúde!

Conhecido o relatório sobre a «requalificação» das urgências, que prevê o encerramento de diversos serviços, as organizações do Partido manifestam-se disponíveis para lutar.

O Governo encenou o diálogo para melhor impor a destruição do SNS

A Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP acusou, no passado dia 2, o Ministério da Saúde de encenar um «diálogo democrático com a sociedade» acerca do seu projecto de «requalificação» das urgências hospitalares no distrito. Após a apresentação do relatório final da sua comissão técnica, ficou claro, para o PCP, que o Governo nunca pretendeu alterar o fundamental das medidas anteriormente anunciadas.
Isto fica claro, sustentam os comunistas, no facto de o relatório ser «em tudo semelhante ao anterior» e de se referir apenas ao facto de ter havido contributos, «durante o chamado período de consulta pública, nada dizendo quanto ao sentido desses contributos». «Ridículo» é como os comunistas consideram o facto de os únicos parceiros valorizados serem estruturas «irmãs da Comissão», como a Direcção-Geral de Saúde e as administrações de Saúde.
Para o PCP, é estranho que não sejam referidas as contribuições dadas por autarquias e outras entidades, através de estudos fundamentados. Também o próprio PCP entregou à Comissão um parecer escrito, que denunciava desde logo o embuste que este período de discussão constituía. Os comunistas consideram que a vida se encarrega de demonstrar que o «que os Serviços de Urgência do distrito de Aveiro precisam não é de serem encerrados, mas sim valorizados em termos materiais e humanos, ou aproveitados na sua excelência, como é o caso do Hospital de Anadia».
No dia anterior, a Comissão Concelhia de Vendas Novas do PCP acusava o Governo de pretender encerrar as urgências do Centro de Saúde do concelho. Comentando a decisão da «Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação da Rede de Urgências Geral», os comunistas destacam que esta apenas confirma o que o PCP vinha já dizendo: que o Governo PS pretende encerrar as urgências do Centro de Saúde.
Após recordarem que, segundo dados do Censos 2001, o concelho de Vendas Novas foi o que mais cresceu ao nível da população, os comunistas realçam que Vendas Novas se encontra a mais de 50 quilómetros de Setúbal e de Évora e que só no Parque Industrial do concelho trabalham mais de 1 500 pessoas. A concelhia comunista lembra ainda que quando o PCP denunciou a intenção do Governo de encerrar estes serviços, logo altos responsáveis do PS e do Ministério da Saúde garantiram que as urgências se manteriam em funcionamento durante 24 horas.

Mais encerramentos previstos

Em São Brás de Alportel, a Comissão Concelhia do PCP denunciou também o encerramento das urgências do Centro de Saúde. Com este encerramento, a população passou a ter ao seu dispor uma consulta de recurso para cuidados não urgentes. Para o PCP, isto é claramente insuficiente, «uma vez que os cuidados de média/alta urgência passarão a ser prestados pelo SAP de Loulé e pelas Urgências do Hospital Distrital de Faro».
O concelho de Loulé, recordam os comunistas é o maior do Algarve e o mais populoso, «não esquecendo a sobrelotação que se verifica no Verão em Quarteira e Vilamoura». E o SAP local tem já dificuldade em assegurar os cuidados a todos os cidadãos do concelho. O Hospital Distrital de Faro tem já «deficiências várias ao nível do atendimento», realçam.
No dia 2, a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP reafirmou em comunicado o seu «total empenho na defesa do hospital público com o serviço de Urgências em funcionamento 24 horas por dia. Para os comunistas – que reagiam ao regresso das notícias sobre o encerramento das urgências de Santo Tirso –, a política de desinvestimento na saúde «beneficia interesses privados» e conduz à degradação do serviço prestado nesta importante responsabilidade do Estado.
Em Grândola, os comunistas acusam a Câmara Municipal de «cumplicidade e apoio» ao Governo na grave situação gerada pelo encerramento do SAP. Para a Comissão Concelhia do PCP, o Governo, o presidente da Câmara e a maioria socialista são os responsáveis por esta situação. Da parte do PCP, a luta em defesa do SAP continua!


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