Isabel Castro, deputada e membro do Conselho Nacional de «Os Verdes», disse em declarações è comunicação social que o seu partido vê com «enorme preocupação» a «ausência de um pensamento estratégico para inverter a situação» de crise económica e social, o qual deveria ter como eixo fundamental a «melhoria tecnológica e a inovação».
«A comunidade científica portuguesa está totalmente ausente neste momento» em que, segundo Isabel Castro, Portugal se vai encontrar na União Europeia com um grupo de novos países aderentes com «cidadãos muito melhor apetrechados em termos de formação técnica e académica».
Os institutos portugueses da área da Investigação e Desenvolvimento estão a ser «desmantelados, extintos ou colocados numa situação de asfixia financeira», pelo que «a comunidade vai ficar privada de instrumentos vitais para a sua própria sobrevivência», observa a deputada de «Os Verdes».
Segundo «Os Verdes», o novo ministro do Ambiente, Amilcar Theias, «tem sido de uma invisibilidade total, aliás na continuidade do anterior» detentor da pasta, Isaltino de Morais.
Quanto a iniciativas políticas concretas, para além de uma campanha em curso sobre a qualidade da água, a deputada de «Os Verdes» salienta que o seu partido vai continuar a insistir na criação de um Conselho Nacional de Biossegurança, destinado a dotar o país de um órgão independente, que analise a adequação das escolhas nos domínios da engenharia e da genética, nomeadamente dos organismos geneticamente modificados.
Segundo Isabel Castro, Portugal é o único país da União Europeia que não dispõe de um órgão desta natureza, mas o projecto legislativo de «Os Verdes» foi inviabilizado, no final do mês passado, pela maioria parlamentar PSD/CDS-PP.