Acções ilegais da CIA
Apurar a verdade
Obter o «total esclarecimento dos factos e o apuramento das responsabilidades políticas», ouvindo para o efeito o secretário-geral dos Serviços de Informações, constitui o principal objectivo do projecto de resolução que o Grupo Parlamentar do PCP decidiu apresentar com vista a quebrar o manto de silêncio sobre a utilização ilegal do nosso espaço aéreo por aviões da CIA em práticas de sequestro e tortura de suspeitos de terrorismo.
Sendo estas práticas de encaminhamento através do nosso espaço aéreo para campos de detenção ilegais e posterior tortura por si consideradas um «acto gravíssimo», o Grupo comunista vê por isso com especial preocupação que da parte das autoridades responsáveis não haja nenhuma medida no sentido de proceder a uma cabal investigação sobre a actividade da CIA no nosso País.
Pior que isso, porventura, é a existência de «um comportamento que aponta para a conivência dos governos», como sublinham as conclusões das Jornadas.
Disso mesmo são testemunho as recusas dos ex-governantes Figueiredo Lopes e Paulo Portas em colaborar com a comissão do Parlamento Europeu sobre voos da CIA, o que significa, na perspectiva da bancada comunista, uma «conivência» com «actividades criminosas».
«Essas recusas apontam para, no mínimo, conivência deste e dos anteriores governos em relação a estas actividades criminosas que não podem existir num país democrático como o nosso», afirmou Bernardino Soares, em conferência de imprensa, no final das jornadas parlamentares comunistas.
Recorde-se que o ex-ministro da Defesa Paulo Portas e o antigo ministro da Administração Interna Figueiredo Lopes recusaram o convite para serem ouvidos quarta-feira da passada semana, em Lisboa, pela comissão do Parlamento Europeu sobre a CIA que se deslocou à Assembleia da República, e negaram ter tido conhecimento de transporte ilegal de prisioneiros em espaço aéreo português.
«Pretendemos confrontar as outras forças políticas. Temos ou não o direito de exigir o apuramento daquilo que se passou e temos ou não o direito de exigir uma mais eficaz fiscalização», sublinhou o líder parlamentar comunista.
questionou Bernardino Soares.
Sendo estas práticas de encaminhamento através do nosso espaço aéreo para campos de detenção ilegais e posterior tortura por si consideradas um «acto gravíssimo», o Grupo comunista vê por isso com especial preocupação que da parte das autoridades responsáveis não haja nenhuma medida no sentido de proceder a uma cabal investigação sobre a actividade da CIA no nosso País.
Pior que isso, porventura, é a existência de «um comportamento que aponta para a conivência dos governos», como sublinham as conclusões das Jornadas.
Disso mesmo são testemunho as recusas dos ex-governantes Figueiredo Lopes e Paulo Portas em colaborar com a comissão do Parlamento Europeu sobre voos da CIA, o que significa, na perspectiva da bancada comunista, uma «conivência» com «actividades criminosas».
«Essas recusas apontam para, no mínimo, conivência deste e dos anteriores governos em relação a estas actividades criminosas que não podem existir num país democrático como o nosso», afirmou Bernardino Soares, em conferência de imprensa, no final das jornadas parlamentares comunistas.
Recorde-se que o ex-ministro da Defesa Paulo Portas e o antigo ministro da Administração Interna Figueiredo Lopes recusaram o convite para serem ouvidos quarta-feira da passada semana, em Lisboa, pela comissão do Parlamento Europeu sobre a CIA que se deslocou à Assembleia da República, e negaram ter tido conhecimento de transporte ilegal de prisioneiros em espaço aéreo português.
«Pretendemos confrontar as outras forças políticas. Temos ou não o direito de exigir o apuramento daquilo que se passou e temos ou não o direito de exigir uma mais eficaz fiscalização», sublinhou o líder parlamentar comunista.
questionou Bernardino Soares.