Na Alcoa Fujikura

Travar despedimento colectivo

O PCP instou o Governo a pronunciar-se sobre as medidas que pensa adoptar para impedir que a administração da Alcoa Fujikura concretize o processo de despedimento colectivo em curso.
Iniciado em Maio passado, visando 350 trabalhadores, este processo de redução de pessoal é justificado pela administração da empresa com uma redução de 16 por cento das encomendas da Autoeuropa, seu único cliente.
Anunciada foi também a deslocalização para a Hungria, durante o presente mês de Julho, da fabricação de cablagens destinadas aos acessórios do veículo produzido pela Autoeuropa.
Ora sucede que, desde o início do ano, 172 trabalhadores cessaram já os contratos de trabalho «por mútuo acordo», o que, somado ao efectivo previsto no despedimento colectivo, representa a eliminação só este ano de 522 postos de trabalho, ou seja, cerca de 35 por cento do seu número total.
O que significa, como observa o deputado comunista Vicente Merendas em requerimento dirigido ao Governo, uma «enorme desproporção» entre a prevista quebra de encomendas (na ordem dos 16 por cento) e a redução do número de trabalhadores pretendida pela administração (35 por cento).
E não deixa de ser paradoxal, por outro lado, que a administração da empresa tenha desde o início do ano recorrido diariamente ao trabalho extraordinário (estavam registadas mais de seis mil horas até ao final do mês de maio). O que só pode querer dizer, afinal, que o actual quadro de pessoal da Alcoa - que é herdeira de mais de um milhão de contos de subsídios atribuídos à Indelma -, é manifestamente insuficiente para dar resposta às encomendas consolidadas.
«Que atitude vai tomar perante a impunidade da administração que insiste em pressionar os trabalhadores a abandonar a empresa, incluindo trabalhadores com doenças profissionais contraídas ao serviço da empresa?», perguntou ao Governo, a propósito, o parlamentar comunista.


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