Dezenas de militantes da JCP estudantes de várias instituições da região de Lisboa juntaram-se para discutir os principais problemas dos alunos e a necessidade de reforço da organização da JCP na 16.ª Assembleia da Organização do Ensino Superior de Lisboa, realizada a 21 de Outubro, no ISCTE.
A assembleia foi muito rica em exemplos concretos da ofensiva que se faz sentir contra o ensino público e democrático, como o continuado aumento das propinas para níveis incomportáveis para muitos jovens, consequência directa dos cortes orçamentais, este ano superiores a 14 por cento para o funcionamento de algumas faculdades e superiores a 40 por cento para a Acção Social Escolar.
Também o Processo de Bolonha foi tema de discussão. A difícil situação económica do País e a redução do tempo da licenciatura (para o que era o bacharelato) desvalorizam o primeiro ciclo dos cursos e obrigam os estudantes a tirar o mestrado para aumentarem a probabilidade de empregabilidade. A situação torna-se crítica quando o segundo ciclo (mestrado) tem numerus clausus mais restritos e as propinas são brutalmente inflacionadas. Por exemplo, na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa são de 2700 euros.

Organização

Esta assembleia foi ainda marcada por depoimentos que mostram que, quando os comunistas assumem a vanguarda da defesa dos direitos e interesses dos estudantes, inúmeras conquistas são possíveis.
A 16.ª Assembleia da OESL foi o culminar de um processo que durou vários meses, em que se discutiu a resolução política a ser aprovada e a constituição da Direcção a ser eleita. Durante o período de preparação foram pintados dois murais pelos militantes, colocados pendões e distribuídos boletins da JCP em várias escolas.
Depois da assembleia, os participantes juntaram-se no Centro de Trabalho Vitória num jantar de convívio com música ao vivo.