CGTP-IN prepara o «protesto geral»

Resposta firme

«Uma participação massiva, que constituirá um poderoso aviso ao Governo e a afirmação de uma forte exigência de mudança de políticas» é o objectivo que mobiliza o movimento sindical unitário.

A mobilização alarga-se às empresas e serviços e à população

A expressão, que consta da resolução aprovada dia 14, no plenário de dirigentes, delegados e activistas sindicais do distrito de Setúbal, ecoou nos últimos dias um pouco por todo o País, em reuniões semelhantes das estruturas da CGTP-IN, de Lisboa a Braga, do Porto a Beja (onde, no dia 13, reuniram sindicalistas de todo o Alentejo).
Na preparação do «protesto geral pela mudança de políticas» – a grande manifestação nacional que está marcada para Lisboa, a 12 de Outubro –, incluiu-se também um encontro da Inter-Reformados, na sede do STAL, na passada quinta-feira.
Como objectivos desta jornada – cuja realização fora já aprovada, em contornos gerais, na assembleia de representantes sindicais que, a 12 de Julho, reuniu no Coliseu dos Recreios cerca de 2500 dirigentes e delegados sindicais –, a Inter aponta:
— combater as propostas do Governo para a Segurança Social, que irão reduzir o valor das pensões no futuro a todos os trabalhadores;
— exigir a criação de emprego com direitos, a par do combate ao desemprego e à precariedade;
— responder às «reformas» desencadeadas pelo Governo na Administração Pública, que ameaçam os direitos e o emprego e põem em causa os serviços públicos;
— reclamar o cumprimento do direito à contratação colectiva;
— exigir o crescimento real dos salários, sobretudo os de mais baixo valor, com subida gradual do salário mínimo nacional, que deverá atingir 500 euros em 2010.
A luta de dia 12 «não é mais uma manifestação, tem que ser um grande protesto, que dê um sinal, ao poder político e ao poder económico, do descontentamento dos trabalhadores e da sua capacidade de mobilização», enfatizou o secretário-geral da CGTP-IN, dia 13, no plenário da União dos Sindicatos de Lisboa.
No dia 15, no Porto, o coordenador da USP apelou a que, do distrito, participem no protesto cerca de cinco mil trabalhadores, que encherão cem autocarros. Também no dia 12, em Braga, o coordenador da USB incitou a que a participação distrital se situasse nos quatro a cinco mil trabalhadores.


Mais artigos de: Trabalhadores

Frente Comum apela à luta

Os trabalhadores da Administração Pública farão de 2007 um ano de luta por uma justa valorização salarial e não admitem que o Governo continue a destruir os seus direitos.

Luta na <em>Cimianto</em> ganha em tribunal

Os trabalhadores da Cimianto, em Alhandra, «saíram vitoriosos da luta que travaram com a empresa, contra a discriminação salarial de que foram alvo», congratulou-se o Sindicato das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares do Sul e Regiões Autónomas, depois de receber a sentença favorável do Tribunal de Trabalho de...

Resistência na <em>Pereira da Costa</em>

A administração da Pereira da Costa solicitou a intervenção da PSP, no dia 15, quando os trabalhadores, concentrados frente às instalações, exigiam ser ouvidos. Em causa estão processos disciplinares instaurados a cerca de 90 trabalhadores, impostos no propósito de evitar o pagamento das indemnizações, através de um...

Cerrar fileiras<br>em defesa da Dâmaso

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira apelou à população de Vieira de Leiria para «cerrar fileiras pela defesa da maior e mais importante unidade de produção» daquela freguesia da Marinha Grande, a cristaleira Dâmaso, que parou a laboração em Agosto. Nessa altura, a administração apresentou em tribunal um...

A população travou a privatização

A mobilização da população da Azambuja e dos trabalhadores da autarquia fez adiar, na reunião da Assembleia Municipal de dia 15, a intenção da maioria PS, de lançar o concurso internacional para a privatização do serviço de distribuição de água e de drenagem de águas residuais no concelho. Num comunicado de dia 18, o...

Professores de luto e em luta

No início oficial do ano lectivo, no dia 15, os professores afixaram, por todo o País, faixas junto às escolas e sedes de agrupamento e usaram fitas e peças de roupa negras, numa manifestação «de luto e em luta», em defesa da sua dignificação e por um sistema de ensino público de qualidade. Na conferência de imprensa, de...