«11/9»: os muitos dados ocultos
No próprio dia 11, quando do habitual Frente-a-Frente organizado por Mário Crespo no «seu» Jornal das Nove, da Sic-Notícias, Odete Santos começou por fazer o que nenhum democrata e antifascista devia omitir, em cada ano, naquela data: lembrar o golpe impune de Pinochet e, sobretudo, lembrar os milhares de inocentes que nesse dia e nos dias seguintes foram torturados e assassinados. Depois, porém, falou também do 11 de Setembro de 2001, tema obrigatório em todos os media e aliás fartamente abordado desde dias antes em tudo quanto era comunicação social. Falou, mas para remediar uma gravíssima omissão que com poucas excepções vinha a ser praticada: o silenciamento dos que duvidam da versão oficial norte-americana da tragédia e que, no mundo inteiro, já são mais que milhares, já são milhões. Há já mesmo uma possível biblioteca, constituível com livros publicados por todo o mundo, todos ou quase todos assinados por figuras respeitáveis e respeitadas, que não apenas desmentem o que a administração Bush contou e constantemente vem repetindo sobre a questão, como também apresenta um conjunto de indícios, dados e argumentos, verdadeiramente impressionantes. É claro que os amigos e servidores do actual poder dos Estados Unidos nem dão, aparentemente, por tudo isso. Mas o caso é que a verdade parece estar mesmo a abrir caminho e parece inevitável que um dia, talvez distante, surja inteira e sem mistérios. A própria Odete Santos, embora apertada pelo tempo e pela condicionante circunstância de estar em diálogo, avançou alguns esclarecimentos perante os quais qualquer criatura honesta e de boa-vontade começaria, no mínimo, a reflectir. Do outro lado da mesa, Paula Teixeira da Cruz não foi capaz de ripostar mais do que tudo aquilo era imaginação. Foi, é claro, um caso de falta de imaginação da parte dela, mas foi também uma enorme prova de ignorância (parcial, sectorial, entenda-se): se conhecesse minimamente a extensa lista de nomes que têm vindo a produzir depoimentos ou estudos que corroboram as informações que Odete prestara, tudo gente pouco propensa a delírios imaginativos, não teria incorrido num disparate tamanho.
Um documentário arrasador
Por exemplo: se Paula Teixeira da Cruz se tivesse dado ao trabalho de assistir, na véspera e já por volta da meia-noite, a um documentário que a «2:» transmitiu, «11 de Setembro – Conspiração Interna», escrito e realizado por um senhor chamado Dylan Avery. Nele estavam reunidos indícios, depoimentos, sínteses de breves relatórios, enumeração de factos relevantes, que constituíam um conjunto de impressionante poder probatório, no mínimo muito perturbante e convincente. Desde o facto de ser uma triste tradição da política estadunidense a criação fraudulenta de supostas agressões sofridas para justificar a passagem a acções ofensivas «convenientes» e desejadas, até um extenso desfile de opiniões e pareceres de militares superiores, de especialistas que demonstram a impossibilidade de as Twin Towers terem caído como caíram sob o impacto de dois aviões, de técnicos de várias especialidades, passando pela citação de declarações contraditórias de responsáveis USA de topo e pela própria contradição entre as acções e as palavras, tudo no documentário de Dylan Avery constituiu, minuto após minuto e sem uma só leve quebra, um libelo acusatório arrasador contra a versão oficial e uma ampla porta de entrada para o entendimento da verdade acerca do 11 de Setembro. Para lá disto, que aliás não é tudo apenas quanto a este assunto, haverá contas e perguntas para fazer. Por exemplo: por que é que nós, gente de uma civilização cristã e portanto fraterna, há-de chorar tanto, tanto, os 2.849 mortos do 11 de Setembro e não há-de chorar nada os norte-americanos já mortos no Iraque desde a invasão «aliada» e já não são muito menos, e ainda menos os muitos milhares de mortos iraquianos que ela já motivou (o dr. Pacheco Pereira, que gosta de chocar as pessoas, que cultiva o paradoxo como método de promoção pessoal e parece ter algum pendor para brincar aos Dráculas sem o mau aspecto do personagem original, diz que os mortos iraquianos «são de outra natureza» e por isso dá claros sinais de não se importar com eles). E há, é claro, o caso muito grave das cumplicidades europeias. Blair, o da Grã-Bretanha, já está reconhecido como culpado de aldrabice e mortes aos olhos da opinião pública. Mas não foi só ele. Os leitores lembrar-se-ão de mais algum? E entenderão que ele agiu isolado?
Um documentário arrasador
Por exemplo: se Paula Teixeira da Cruz se tivesse dado ao trabalho de assistir, na véspera e já por volta da meia-noite, a um documentário que a «2:» transmitiu, «11 de Setembro – Conspiração Interna», escrito e realizado por um senhor chamado Dylan Avery. Nele estavam reunidos indícios, depoimentos, sínteses de breves relatórios, enumeração de factos relevantes, que constituíam um conjunto de impressionante poder probatório, no mínimo muito perturbante e convincente. Desde o facto de ser uma triste tradição da política estadunidense a criação fraudulenta de supostas agressões sofridas para justificar a passagem a acções ofensivas «convenientes» e desejadas, até um extenso desfile de opiniões e pareceres de militares superiores, de especialistas que demonstram a impossibilidade de as Twin Towers terem caído como caíram sob o impacto de dois aviões, de técnicos de várias especialidades, passando pela citação de declarações contraditórias de responsáveis USA de topo e pela própria contradição entre as acções e as palavras, tudo no documentário de Dylan Avery constituiu, minuto após minuto e sem uma só leve quebra, um libelo acusatório arrasador contra a versão oficial e uma ampla porta de entrada para o entendimento da verdade acerca do 11 de Setembro. Para lá disto, que aliás não é tudo apenas quanto a este assunto, haverá contas e perguntas para fazer. Por exemplo: por que é que nós, gente de uma civilização cristã e portanto fraterna, há-de chorar tanto, tanto, os 2.849 mortos do 11 de Setembro e não há-de chorar nada os norte-americanos já mortos no Iraque desde a invasão «aliada» e já não são muito menos, e ainda menos os muitos milhares de mortos iraquianos que ela já motivou (o dr. Pacheco Pereira, que gosta de chocar as pessoas, que cultiva o paradoxo como método de promoção pessoal e parece ter algum pendor para brincar aos Dráculas sem o mau aspecto do personagem original, diz que os mortos iraquianos «são de outra natureza» e por isso dá claros sinais de não se importar com eles). E há, é claro, o caso muito grave das cumplicidades europeias. Blair, o da Grã-Bretanha, já está reconhecido como culpado de aldrabice e mortes aos olhos da opinião pública. Mas não foi só ele. Os leitores lembrar-se-ão de mais algum? E entenderão que ele agiu isolado?