Ocupantes contam baixas
A ocupação anglo-norte-americana perpetuam no Iraque e no Afeganistão um quotidiano violento e sem lei. O povo é quem mais sofre, mas os ocupantes não conseguem esconder as baixas.
«Grupos armados reclamam o controle de importantes áreas territoriais»
No Iraque, a operação «Juntos em Frente», lançada em Junho envolvendo quase 70 mil militares entre tropas norte-americanas e do governo de Bagdad, não alcança o objectivo expresso de «esmagar a resistência», ao mesmo tempo que grupos armados afectos ao poder disputam o controle de parcelas de território e rotas comerciais. Em consequência da repressão dos ocupantes e da violência dos senhores da guerra, já morreram centenas de milhares de pessoas.
Em Diwaniyah, entre domingo e segunda-feira, pelo menos 90 civis perderam a vida e outros 120 ficaram feridos após a explosão de um oleoduto, acção inicialmente atribuída à resistência mas posteriormente justificada como sendo um acidente. Na mesma vila, a Sul de Bagdad, milicianos supostamente afectos ao clérigo Moqtada al Sadr envolveram-se em violentos combates com o exército governamental. 20 soldados foram mortos pelos homens às ordens daquela facção que partilha o poder.
Noutra frente, a da resistência popular, o comando norte-americano reconheceu ter perdido pelo menos uma dezena de soldados nos mesmos dois dias, embora as fontes oficiais não tenham avançado pormenores sobre o sucedido, admitindo apenas terem sido abatidos pela resistência. Só em Agosto, os insurgentes já reclamaram a vida de 53 marines.
Atoleiro afegão
Entretanto, no Afeganistão o cenário aproxima-se cada vez mais do vivido no Iraque. Membros de grupos armados reclamam o controle de importantes áreas territoriais, especialmente no Sul do País, em Zabul, Kandahar, Uruzgan e Helmand, e os militares da NATO são incapazes de conter a revolta.
Segunda-feira, em Lashkar Gah, na província de Helmand, junto a um posto da autoridade, um bombista lançou-se sobre um general da polícia atingindo mortalmente outras 16 pessoas que se encontravam no mercado vizinho.
No dia anterior, um soldado britânico faleceu após combates com a resistência, baixa que se junta aos mais de mil mortos nos últimos quatro meses em resultado da escalada da violência contra a ocupação do Afeganistão.
Em Diwaniyah, entre domingo e segunda-feira, pelo menos 90 civis perderam a vida e outros 120 ficaram feridos após a explosão de um oleoduto, acção inicialmente atribuída à resistência mas posteriormente justificada como sendo um acidente. Na mesma vila, a Sul de Bagdad, milicianos supostamente afectos ao clérigo Moqtada al Sadr envolveram-se em violentos combates com o exército governamental. 20 soldados foram mortos pelos homens às ordens daquela facção que partilha o poder.
Noutra frente, a da resistência popular, o comando norte-americano reconheceu ter perdido pelo menos uma dezena de soldados nos mesmos dois dias, embora as fontes oficiais não tenham avançado pormenores sobre o sucedido, admitindo apenas terem sido abatidos pela resistência. Só em Agosto, os insurgentes já reclamaram a vida de 53 marines.
Atoleiro afegão
Entretanto, no Afeganistão o cenário aproxima-se cada vez mais do vivido no Iraque. Membros de grupos armados reclamam o controle de importantes áreas territoriais, especialmente no Sul do País, em Zabul, Kandahar, Uruzgan e Helmand, e os militares da NATO são incapazes de conter a revolta.
Segunda-feira, em Lashkar Gah, na província de Helmand, junto a um posto da autoridade, um bombista lançou-se sobre um general da polícia atingindo mortalmente outras 16 pessoas que se encontravam no mercado vizinho.
No dia anterior, um soldado britânico faleceu após combates com a resistência, baixa que se junta aos mais de mil mortos nos últimos quatro meses em resultado da escalada da violência contra a ocupação do Afeganistão.