A empresa Carmo e Brás, sediada em Faro, encerrou no dia 10 de Julho, lançando no desemprego cerca de 60 trabalhadores. Desde essa data, os trabalhadores, que já tinham salários em atraso, concentram-se à porta da empresa, tentando impedir a alienação do património e exigindo uma solução que salvaguarde os seus postos de trabalho e respeite os seus interesses.
Desde Dezembro de 2003 que esta empresa não envia para os serviços da Segurança Social, Finanças e Sindicatos os mapas dos descontos efectuados aos trabalhadores e recusa à Inspecção-Geral de Trabalho os mapas de registo do pessoal.
Alertado pela Comissão Concelhia de Faro do PCP, o deputado Francisco Lopes, para quem este encerramento tem «contornos fraudulentos», apresentou na Assembleia da República um requerimento, solicitando ao Governo que o informe, nomeadamente: se conhece a situação; que intervenção teve a Inspecção-Geral do Trabalho no processo; qual a situação fiscal da empresa e quais os créditos que o Estado tem sobre ela; que medidas prevê para garantir os postos de trabalho, a laboração da empresa e a satisfação dos direitos dos trabalhadores.