Resistência contra a fraude
Mais de um milhão de pessoas estiveram no comício de protesto contra a fraude eleitoral no México. López Obrador apela à mobilização da resistência civil pacífica.
«Persiste a dúvida sobre mais de um milhão e meio de votos»
Na gigantesca concentração popular de domingo, convocada pelos apoiantes de Manuel Lopéz Obrador para o centro da Cidade do México, capital do país, o candidato apelou ao povo para que continue a exigir uma recontagem dos votos e não ceda à «estratégia do desgaste». Entre os activistas da coligação que o apoiou nas eleições do passado dia 2 de Julho, a «Pelo Bem de Todos», já se organizam acampamentos frente aos cerca de 300 conselhos distritais mexicanos, única forma, dizem, de evitar que os boletins de voto voltem a ser violados anulando qualquer possibilidade de reposição da verdade.
Segundo os resultados apurados, o candidato da direita, Filipe Calderón, apoiado pelo governo e pelo actual presidente, Vincent Fox, aliado regional dos EUA, venceu por uma escassa margem de pouco mais de meio ponto percentual, mas Obrador afirma que o escrutínio foi falseado, por isso exige que até ao final deste mês se proceda à correcção da fraude.
Para Obrador, a análise das actas do sufrágio demonstra que houve artimanha eleitoral, uma vez que, revelou, em 60 por cento dos documentos é possível descortinar «erros aritméticos» na contagem, ou seja, persiste a dúvida sobre a sustentação de mais de um milhão e meio de votos.
Em causa estão ainda o comportamento parcial do Instituto Federal Eleitoral, as denúncias de manipulação dos sistemas de enumeração, falta de transparência na compra de espaços publicitários em meios de comunicação social, financiamentos de proveniência duvidosa e uso indevido de meios e fundos públicos na campanha de Calderón, neste último caso mais que evidente face ao envolvimento directo de Fox na disputa.
Entretanto, a associação Frente de Mexicanos no Exterior informou que agendou protestos em várias cidades norte-americanas para apoiar as exigências de Lopéz Obrador. Em São Francisco, Los Angeles, Califórnia, Chicago, Nova Iorque, Atlanta e Washington, os emigrantes voltaram a encher as ruas, desta feita a favor da lisura do processo de escolha presidencial no seu país.
Segundo os resultados apurados, o candidato da direita, Filipe Calderón, apoiado pelo governo e pelo actual presidente, Vincent Fox, aliado regional dos EUA, venceu por uma escassa margem de pouco mais de meio ponto percentual, mas Obrador afirma que o escrutínio foi falseado, por isso exige que até ao final deste mês se proceda à correcção da fraude.
Para Obrador, a análise das actas do sufrágio demonstra que houve artimanha eleitoral, uma vez que, revelou, em 60 por cento dos documentos é possível descortinar «erros aritméticos» na contagem, ou seja, persiste a dúvida sobre a sustentação de mais de um milhão e meio de votos.
Em causa estão ainda o comportamento parcial do Instituto Federal Eleitoral, as denúncias de manipulação dos sistemas de enumeração, falta de transparência na compra de espaços publicitários em meios de comunicação social, financiamentos de proveniência duvidosa e uso indevido de meios e fundos públicos na campanha de Calderón, neste último caso mais que evidente face ao envolvimento directo de Fox na disputa.
Entretanto, a associação Frente de Mexicanos no Exterior informou que agendou protestos em várias cidades norte-americanas para apoiar as exigências de Lopéz Obrador. Em São Francisco, Los Angeles, Califórnia, Chicago, Nova Iorque, Atlanta e Washington, os emigrantes voltaram a encher as ruas, desta feita a favor da lisura do processo de escolha presidencial no seu país.