Celebrar a liberdade e a democracia
Porque os portugueses sentem que muitas das jubilosas esperanças nascidas com a Revolução de Abril ainda não se concretizaram, a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril apela à participação de todos os democratas na manifestação que terá início no Marquês de Pombal, seguindo o desfile pela Avenida da Liberdade até ao Rossio.
Emancipar o homem de todos os preconceitos ideológicos
O apelo à participação na manifestação, convocado pela Comissão Promotora e subscrito por personalidades do campo democrático, entre os quais dirigentes e militantes do PCP, alerta para a presente conjuntura, com sérias dificuldades nos planos económico, financeiro e social, a ponto do seu lugar, no contexto da Europa comunitária, se tem vindo a degradar significativamente.
«A história há-de, a seu tempo, estabelecer a quem deverão ser imputadas as responsabilidades do sucedido e determinar a quota-parte da “pesada herança” que as gerações encarregadas de conduzir o País receberam das precedentes», refere o apelo, sublinhando que neste processo «todos se acham envolvidos, desde os políticos, os empresários e até os próprios trabalhadores. Quando for, todavia, assacado os diversos grupos sociais, o papel que desempenharam, não restará nenhuma dúvida de que ao mundo do trabalho será o menos imputável, já que sobre eles recaíram sempre as maiores restrições e os maiores sacrifícios impostos para a remissão dos erros colectivos».
O documento acentua ainda que Portugal «não conseguiu libertar-se definitivamente dos modelos de produção assentes nos baixos salários e na exploração da mão-de-obra pouco qualificada, situação que o alargamento neo-liberal dos mercados e o avanço da globalização ainda não contribuíram para alterar nem tampouco a dar indícios de que venha a ser corrigida num futuro determinável».
País em crise
No apelo denuncia-se ainda o facto de Portugal, na presente conjuntura, estar com sérias dificuldades nos planos económico, financeiro e social, a ponto do seu lugar, no contexto da Europa comunitária, se ter vindo a degradar significativamente.
Para superar este estorvo, a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril afirma que Portugal deverá ultrapassar os limites de um mercado neo-liberal e munir-se de uma estrutura política democrática, libertada de subordinações exclusivamente económicas.
«Para que a reabilitação e o desenvolvimento se instale, haverá que romper com os cantos de sereia do passado e empolgar o País num projecto comum, alicerçado no diálogo e no desejo de progresso, concebido com os pés bem assentes na realidade do presente, embora com os olhos e o coração sempre postos num futuro mais fraterno, mais justo e mais digno», destaca, concluindo: «os democratas que, a este apelo, descerão, no dia 25 de Abril, a Avenida da Liberdade em Lisboa, serão os penhores vivos dessa disponibilidade e dessa ampla vontade de compromisso».
«A história há-de, a seu tempo, estabelecer a quem deverão ser imputadas as responsabilidades do sucedido e determinar a quota-parte da “pesada herança” que as gerações encarregadas de conduzir o País receberam das precedentes», refere o apelo, sublinhando que neste processo «todos se acham envolvidos, desde os políticos, os empresários e até os próprios trabalhadores. Quando for, todavia, assacado os diversos grupos sociais, o papel que desempenharam, não restará nenhuma dúvida de que ao mundo do trabalho será o menos imputável, já que sobre eles recaíram sempre as maiores restrições e os maiores sacrifícios impostos para a remissão dos erros colectivos».
O documento acentua ainda que Portugal «não conseguiu libertar-se definitivamente dos modelos de produção assentes nos baixos salários e na exploração da mão-de-obra pouco qualificada, situação que o alargamento neo-liberal dos mercados e o avanço da globalização ainda não contribuíram para alterar nem tampouco a dar indícios de que venha a ser corrigida num futuro determinável».
País em crise
No apelo denuncia-se ainda o facto de Portugal, na presente conjuntura, estar com sérias dificuldades nos planos económico, financeiro e social, a ponto do seu lugar, no contexto da Europa comunitária, se ter vindo a degradar significativamente.
Para superar este estorvo, a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril afirma que Portugal deverá ultrapassar os limites de um mercado neo-liberal e munir-se de uma estrutura política democrática, libertada de subordinações exclusivamente económicas.
«Para que a reabilitação e o desenvolvimento se instale, haverá que romper com os cantos de sereia do passado e empolgar o País num projecto comum, alicerçado no diálogo e no desejo de progresso, concebido com os pés bem assentes na realidade do presente, embora com os olhos e o coração sempre postos num futuro mais fraterno, mais justo e mais digno», destaca, concluindo: «os democratas que, a este apelo, descerão, no dia 25 de Abril, a Avenida da Liberdade em Lisboa, serão os penhores vivos dessa disponibilidade e dessa ampla vontade de compromisso».