Imigrantes invadem as ruas nos EUA
Centenas de milhares de imigrantes protestaram, segunda-feira, em centenas de cidades norte-americanas pela igualdade de direitos e contra os projectos de lei que criminalizam a sua presença nos EUA e dificultam o acesso à cidadania.
A jornada de luta intitulada «Dia de Acção Nacional pela Dignidade dos Imigrantes» foi, segundo os organizadores, um sucesso que percorreu o país, de Los Angeles a Portland, de Phoenix a Miami.
Em metrópoles como Houston, El Paso, Austin ou Birmingham, onde reside um grande número de imigrantes, sobretudo de origem latino-americana, os protestos foram esmagadores, mas em cidades de menor dimensão, tais como Madison, no Wisconsin, Garden City, no Kansas, ou South Bend, no Indiana, foram as próprias autoridades a admitir que se tratava das maiores manifestações das últimas décadas.
Em Nova Iorque, milhares de manifestantes voltaram-se a juntar na ponte de Brooklyn para marcharem até à Câmara Municipal exigindo respeito, cenário que se repetiu na capital, Washington, onde cerca de 100 mil de pessoas levaram o protesto até ao edifício do Capitólio.
No mesmo dia, em Atlanta, no Estado da Georgia, no Sul, dezenas de milhares – aproximadamente 50 mil, segundo a polícia, 80 mil de acordo com as organizações promotoras – transportaram bandeiras dos EUA e envergaram T-shirts brancas como sinal de repúdio pela campanha de criminalização que o governo dos EUA tem lançado contra os trabalhadores imigrantes.
Em Charlotte, e em diversas localidades do Estado da Carolina do Norte, os imigrantes levaram a cabo um boicote laboral e ao consumo, em alguns dos casos apoiados pelos próprios patrões.
Domingo histórico
Se os protestos de segunda-feira fizeram lembrar as lutas pelos direitos civis dos anos 60 nos EUA, no domingo, em Dallas, no Texas, mais de meio milhão de imigrantes fizeram ouvir a sua voz, no centro da cidade.
Os protestos do fim-de-semana ocorreram nos estados norte-americanos do Minnesota, Novo México, Michigan, Iowa, Alabama, Oregon e Idaho, mas as cidades de Salt Lake, no Utah, e de San Diego, na Califórnia, destacaram-se pela presença de dezenas de milhares de pessoas nas ruas, cerca de 20 e 50 mil, respectivamente.
As manifestações estavam agendadas há mais de duas semanas, mas a capacidade de mobilização das associações e estruturas de defesa dos direitos dos imigrantes foi por muitos considerada surpreendente.
A luta dos imigrantes contra um conjunto de propostas que pretendem introduzir, entre outras, figuras como a de «trabalhador convidado», têm gerado um repúdio tão grande no país que o Senado decidiu, sexta-feira da semana passada, suspender a discussão por duas semanas, por forma a proporcionar um entendimento entre os representantes republicanos e democratas. Não obstante, os imigrantes reafirmam-se dispostos a lutar até que as suas exigências sejam satisfeitas.
A jornada de luta intitulada «Dia de Acção Nacional pela Dignidade dos Imigrantes» foi, segundo os organizadores, um sucesso que percorreu o país, de Los Angeles a Portland, de Phoenix a Miami.
Em metrópoles como Houston, El Paso, Austin ou Birmingham, onde reside um grande número de imigrantes, sobretudo de origem latino-americana, os protestos foram esmagadores, mas em cidades de menor dimensão, tais como Madison, no Wisconsin, Garden City, no Kansas, ou South Bend, no Indiana, foram as próprias autoridades a admitir que se tratava das maiores manifestações das últimas décadas.
Em Nova Iorque, milhares de manifestantes voltaram-se a juntar na ponte de Brooklyn para marcharem até à Câmara Municipal exigindo respeito, cenário que se repetiu na capital, Washington, onde cerca de 100 mil de pessoas levaram o protesto até ao edifício do Capitólio.
No mesmo dia, em Atlanta, no Estado da Georgia, no Sul, dezenas de milhares – aproximadamente 50 mil, segundo a polícia, 80 mil de acordo com as organizações promotoras – transportaram bandeiras dos EUA e envergaram T-shirts brancas como sinal de repúdio pela campanha de criminalização que o governo dos EUA tem lançado contra os trabalhadores imigrantes.
Em Charlotte, e em diversas localidades do Estado da Carolina do Norte, os imigrantes levaram a cabo um boicote laboral e ao consumo, em alguns dos casos apoiados pelos próprios patrões.
Domingo histórico
Se os protestos de segunda-feira fizeram lembrar as lutas pelos direitos civis dos anos 60 nos EUA, no domingo, em Dallas, no Texas, mais de meio milhão de imigrantes fizeram ouvir a sua voz, no centro da cidade.
Os protestos do fim-de-semana ocorreram nos estados norte-americanos do Minnesota, Novo México, Michigan, Iowa, Alabama, Oregon e Idaho, mas as cidades de Salt Lake, no Utah, e de San Diego, na Califórnia, destacaram-se pela presença de dezenas de milhares de pessoas nas ruas, cerca de 20 e 50 mil, respectivamente.
As manifestações estavam agendadas há mais de duas semanas, mas a capacidade de mobilização das associações e estruturas de defesa dos direitos dos imigrantes foi por muitos considerada surpreendente.
A luta dos imigrantes contra um conjunto de propostas que pretendem introduzir, entre outras, figuras como a de «trabalhador convidado», têm gerado um repúdio tão grande no país que o Senado decidiu, sexta-feira da semana passada, suspender a discussão por duas semanas, por forma a proporcionar um entendimento entre os representantes republicanos e democratas. Não obstante, os imigrantes reafirmam-se dispostos a lutar até que as suas exigências sejam satisfeitas.
