...Marrocos não detém protestos
A visita de Mohamed VI, sábado passado, à capital dos territórios ocupados, El Aaiún, para empossar oficialmente o novo Conselho Consultivo Real para os Assuntos do Saara Ocidental, foi acompanhada por intensos protestos.
No discurso cerimonial, o monarca insistiu na caducidade do plano da ONU para o território, nomeadamente na impossibilidade de se efectuar um referendo sobre um tema que considerou «fictício», a autodeterminação reclamada pelo povo e pelo seu principal representante político, a Frente POLISARIO.
A visita real motivou uma gigantesca operação de segurança por parte das autoridades marroquinas. Em torno das cidades de El Aaiún e Bojador foram estacionadas dezenas de unidades mecanizadas e de infantaria do exército. Nas estradas entre a capital, Rabat, e a cidade de Agadir, na costa Sul, importantes pólos universitários de Marrocos, foram montadas barreiras de segurança para impedir o movimento de estudantes saarauis, apoiantes da independência e elementos tradicionalmente activos nas contestações populares.
Não obstante o aparato, que incluía também elementos infiltrados da polícia secreta, foram distribuídos milhares de documentos a apelar à sublevação do povo, iniciativa que resultou na realização de manifestações em Smara, Bojador e Tan Tan, onde a inúmeras bandeiras do Saara Ocidental saíram mesmo para as ruas.
No discurso cerimonial, o monarca insistiu na caducidade do plano da ONU para o território, nomeadamente na impossibilidade de se efectuar um referendo sobre um tema que considerou «fictício», a autodeterminação reclamada pelo povo e pelo seu principal representante político, a Frente POLISARIO.
A visita real motivou uma gigantesca operação de segurança por parte das autoridades marroquinas. Em torno das cidades de El Aaiún e Bojador foram estacionadas dezenas de unidades mecanizadas e de infantaria do exército. Nas estradas entre a capital, Rabat, e a cidade de Agadir, na costa Sul, importantes pólos universitários de Marrocos, foram montadas barreiras de segurança para impedir o movimento de estudantes saarauis, apoiantes da independência e elementos tradicionalmente activos nas contestações populares.
Não obstante o aparato, que incluía também elementos infiltrados da polícia secreta, foram distribuídos milhares de documentos a apelar à sublevação do povo, iniciativa que resultou na realização de manifestações em Smara, Bojador e Tan Tan, onde a inúmeras bandeiras do Saara Ocidental saíram mesmo para as ruas.