Lutar contra a Europa do capital
A convite do PCP realizou-se em Lisboa, em 3 e 4 de Março, um encontro internacional subordinado ao tema «A Europa e a União Europeia, realidades, experiências de luta e novas oportunidades de transformação».
No encontro participaram 23 partidos comunistas e de esquerda
O encontro, em que participaram 23 partidos comunistas e outras forças progressistas de países europeus, possibilitou uma troca de opiniões e informações acerca da situação social e política nos diversos países. O encontro tornou possível também um intercâmbio de sobre a Europa e a União Europeia, bem como sobre a cooperação das forças de esquerda anti-capitalistas, «num contexto internacional instável e carregado de perigos mas em que simultaneamente se verificam fortes mobilizações e significativos avanços progressistas», afirma-se no comunicado do encontro.
Apesar da ampla diversidade de análises e posições dos participantes no encontro, responsabilizou-se as políticas neoliberais dominantes «de acelerada centralização e concentração do capital e de ataque generalizado a direitos laborais e sindicais», pela grave situação social prevalecente em toda a Europa. O desemprego em massa, as deslocalizações, a generalização do trabalho mal pago e sem direitos, o alastramento da pobreza e de outras chagas sociais caracterizam essa situação.
Os partidos participantes condenaram ainda o ataque aos serviços públicos e reafirmaram a sua condenação à directiva Bolkestein e manifestaram a sua grande preocupação com as crescentes limitações a direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos que se têm verificado em numerosos países, a pretexto da «guerra contra o terrorismo». A importância da luta em defesa da democracia e contra todas as tentativas que visem o seu empobrecimento e descaracterização foi sublinhada.
Os participantes alertaram para os perigos de criminalização dos comunistas e da sua ideologia, de que o relatório anticomunista da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e a ilegalização da União da Juventude Comunista da República Checa são exemplos.
O encontro sublinhou uma firme oposição ao alargamento da NATO para Leste e para Sul e à sua projecção planetária e também à militarização da União Europeia. A cedência e crescente alinhamento da União Europeia com a administração dos EUA é motivo de preocupação dos partidos participantes.
Lutar em unidade
Foram valorizadas as múltiplas acções desenvolvidas por uma Europa de paz, progresso e cooperação. Em relação à União Europeia, foi particularmente valorizada a oposição à chamada «constituição europeia» e o significado político profundo dos «Nãos» francês e holandês. Opondo-se às manobras para retomar a «constituição», os partidos manifestaram a sua vontade de desenvolver a luta contra o conteúdo neoliberal, antidemocrático e militarista do processo de integração europeia. A intenção do PCP de realizar uma iniciativa internacional em Portugal em ligação com a presidência portuguesa da UE mereceu um acolhimento favorável. No encontro foi expressa a «firme oposição» a política de guerra conduzida pelos EUA e manifestada a exigência da retirada imediata das tropas, bem como o fim das ameaças contra países soberanos, como a Síria e o Irão. Foi ainda manifestada a solidariedade aos povos que lutam pela sua libertação e exigida a aplicação das resoluções da ONU relativas à Palestina e a Chipre.
Nos debates tidos no encontro, foram feitas numerosas sugestões acerca de linhas de intervenção e iniciativas comuns ou convergentes das forças de esquerda anticapitalistas da Europa, assim como das organizações sindicais. A par do desenvolvimento de acções de massas, decidiu-se articular a intervenção institucional, nomeadamente na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e no Parlamento Europeu.
Partidos participantes
No encontro promovido pelo PCP nos dias 3 e 4 participaram delegações de 23 partidos comunistas e de esquerda da Europa, que assistiram, no sábado, ao grande comício de aniversário do PCP realizado em Almada. Os partidos participantes foram: Partido Comunista Alemão; Partido da Esquerda/ PDS (Alemanha); Partido Comunista da Boémia e Morávia (República Checa); AKEL (Chipre); Partido Comunista da Dinamarca; Partido Comunista na Dinamarca; Partido Comunista de Espanha; Esquerda Unida (Espanha); Partido dos Comunistas da Catalunha; Partido Comunista da Federação Russa; Partido Comunista da Finlândia; Partido Comunista Francês; Partido Comunista Britânico; Partido Comunista da Grécia; Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros; Partido dos Trabalhadores da Irlanda; Partido Comunista da Irlanda; Partido da Refundação Comunista de Itália; Partido Comunista Luxemburguês; Partido Comunista da Noruega; Partido Comunista da Turquia; Partido do Trabalho da Turquia; Partido Comunista da Ucrânia.
Apesar da ampla diversidade de análises e posições dos participantes no encontro, responsabilizou-se as políticas neoliberais dominantes «de acelerada centralização e concentração do capital e de ataque generalizado a direitos laborais e sindicais», pela grave situação social prevalecente em toda a Europa. O desemprego em massa, as deslocalizações, a generalização do trabalho mal pago e sem direitos, o alastramento da pobreza e de outras chagas sociais caracterizam essa situação.
Os partidos participantes condenaram ainda o ataque aos serviços públicos e reafirmaram a sua condenação à directiva Bolkestein e manifestaram a sua grande preocupação com as crescentes limitações a direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos que se têm verificado em numerosos países, a pretexto da «guerra contra o terrorismo». A importância da luta em defesa da democracia e contra todas as tentativas que visem o seu empobrecimento e descaracterização foi sublinhada.
Os participantes alertaram para os perigos de criminalização dos comunistas e da sua ideologia, de que o relatório anticomunista da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e a ilegalização da União da Juventude Comunista da República Checa são exemplos.
O encontro sublinhou uma firme oposição ao alargamento da NATO para Leste e para Sul e à sua projecção planetária e também à militarização da União Europeia. A cedência e crescente alinhamento da União Europeia com a administração dos EUA é motivo de preocupação dos partidos participantes.
Lutar em unidade
Foram valorizadas as múltiplas acções desenvolvidas por uma Europa de paz, progresso e cooperação. Em relação à União Europeia, foi particularmente valorizada a oposição à chamada «constituição europeia» e o significado político profundo dos «Nãos» francês e holandês. Opondo-se às manobras para retomar a «constituição», os partidos manifestaram a sua vontade de desenvolver a luta contra o conteúdo neoliberal, antidemocrático e militarista do processo de integração europeia. A intenção do PCP de realizar uma iniciativa internacional em Portugal em ligação com a presidência portuguesa da UE mereceu um acolhimento favorável. No encontro foi expressa a «firme oposição» a política de guerra conduzida pelos EUA e manifestada a exigência da retirada imediata das tropas, bem como o fim das ameaças contra países soberanos, como a Síria e o Irão. Foi ainda manifestada a solidariedade aos povos que lutam pela sua libertação e exigida a aplicação das resoluções da ONU relativas à Palestina e a Chipre.
Nos debates tidos no encontro, foram feitas numerosas sugestões acerca de linhas de intervenção e iniciativas comuns ou convergentes das forças de esquerda anticapitalistas da Europa, assim como das organizações sindicais. A par do desenvolvimento de acções de massas, decidiu-se articular a intervenção institucional, nomeadamente na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e no Parlamento Europeu.
Partidos participantes
No encontro promovido pelo PCP nos dias 3 e 4 participaram delegações de 23 partidos comunistas e de esquerda da Europa, que assistiram, no sábado, ao grande comício de aniversário do PCP realizado em Almada. Os partidos participantes foram: Partido Comunista Alemão; Partido da Esquerda/ PDS (Alemanha); Partido Comunista da Boémia e Morávia (República Checa); AKEL (Chipre); Partido Comunista da Dinamarca; Partido Comunista na Dinamarca; Partido Comunista de Espanha; Esquerda Unida (Espanha); Partido dos Comunistas da Catalunha; Partido Comunista da Federação Russa; Partido Comunista da Finlândia; Partido Comunista Francês; Partido Comunista Britânico; Partido Comunista da Grécia; Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros; Partido dos Trabalhadores da Irlanda; Partido Comunista da Irlanda; Partido da Refundação Comunista de Itália; Partido Comunista Luxemburguês; Partido Comunista da Noruega; Partido Comunista da Turquia; Partido do Trabalho da Turquia; Partido Comunista da Ucrânia.