Em defesa do horário
Cerca de 50 mil professores subscreveram um abaixo-assinado da Fenprof entregue, dia 24, no Ministério da Educação, contra a aulas de substituição e o prolongamento de horários.
O abaixo-assinado foi entregue no último dia de uma semana de greve - entre 20 e 24 de Fevereiro - às actividades de substituição e ao prolongamento dos horários do 1.º Ciclo, justificada por considerarem que a medida terá, como consequência, «um incalculável desgaste físico e psicológico», segundo o texto subscrito. Cerca de cem dirigentes sindicais concentraram-se frente ao Ministério, que destacou apenas um funcionário para receber os sindicalistas. Foi, então, decidido que os abaixo-assinados seriam entregues por funcionários sindicais.
Contra o roubo
O documento, intitulado «Exigimos respeito», rejeita o congelamento temporário da progressão nas carreiras até Dezembro e a não contagem do tempo de serviço, situações que os professores classificam como «um roubo».
O secretário-geral da Fenprof, Paulo Sucena, afirmou, na altura, que o abaixo-assinado «é um sinal inequívoco de que os professores estão, efectivamente descontentes com as medidas tomadas».
Em resultado da greve, mais de metade das aulas de substituição não foram dadas, garantiu o mesmo dirigente.
Na mesma semana, os professores já se tinham concentrado, uma primeira vez, frente ao Ministério para exigirem que o horário de prolongamento seja assegurado por monitores de tempos livres e não por professores. Também reivindicam que as aulas de substituição sejam pagas como serviço extraordinário.
Combater a ilegalidade
Em consequência da greve, o Ministério fez saber que pretende descontar um dia de salário aos docentes que a ela aderiram. Num comunicado de dia 25, a federação considera que a intenção vem confirmar «que a actual equipa ministerial optou pela via do confronto com a legalidade e com os professores quando mais se necessitava de diálogo e negociação.
Para a Fenprof, «o comportamento de confronto permanente com os docentes e as suas organizações sindicais é, actualmente, um dos principais motivos da grande instabilidade que atinge a Educação e as escolas, e do enorme descontentamento destes profissionais».
A federação acusa o Ministério de desenvolver «várias campanhas de degradação da imagem dos professores na sociedade», das quais se destaca «a falsa acusação de que existiria um elevadíssimo índice de absentismo docente».
Mau perder
A intenção de retirar aos professores o salário de um dia de trabalho por motivo da greve «apenas revelam mau perder, pois [a ministra e secretários] não esperavam que a greve aos prolongamentos e às substituições fosse tão expressiva, que tantos docentes participassem nas reuniões e plenários promovidos pelos seus sindicatos e que tantas fossem as moções aprovadas nas escolas ao longo da semana de contestação à política educativa».
Afirmando ir aguardar uma posição final da tutela sobre este problema, a Fenprof avisa que vai accionar todos os mecanismos ao seu alcance, no sentido de a contestar, mostrando-se disponível para avançar com queixas a todos os órgãos de poder, ao Parlamento Europeu e à OIT, «por mais e melhor escola pública, pela elevação da qualidade do ensino e da educação, pela estabilidade e valorização dos docentes.
Por terem a razão do seu lado, os professores garantem que «a luta vai continuar».
A ministra deve e teme
O Sindicato dos Professores da Região Centro, filiado na Fenprof, denunciou o procedimento da ministra, Lurdes Rodrigues e da respectiva equipa, acusando-os de estarem em dívida com a classe docente.
Em causa está o facto de a ministra, quando efectua visitas e deslocações, não as anunciar previamente para evitar a contestação. Para o SPRC/CGTP-IN, este comportamento «é uma vergonha» e confirma que a ministra está em dívida e, por isso, «teme e anda às escondidas».
«Devem respeito às suas organizações representativas, às populações e às crianças portuguesas ao decidirem encerrar escolas sem dó nem piedade e sem uma negociação séria com os professores». Mas as dívidas do Ministério da Educação não ficam por aqui: «devem à democracia portuguesa, ao agirem como agem, sem dialogar, sem respeitar as regras da negociação, sem respeito por nada ou por ninguém», acusa o SPRC.
O sindicato acusa os responsáveis tutela de dever «à verdade, quando afirmam estar a tomar medidas para valorizar a escola pública, mas, de facto, todas as que tomam apenas contribuem para a degradar». Acusa ainda a ministra porque muitas das medidas anunciadas «são uma farsa e têm por objectivo permitir a privatização» de funções que deviam ser assumidas pela escola pública.
Contra o roubo
O documento, intitulado «Exigimos respeito», rejeita o congelamento temporário da progressão nas carreiras até Dezembro e a não contagem do tempo de serviço, situações que os professores classificam como «um roubo».
O secretário-geral da Fenprof, Paulo Sucena, afirmou, na altura, que o abaixo-assinado «é um sinal inequívoco de que os professores estão, efectivamente descontentes com as medidas tomadas».
Em resultado da greve, mais de metade das aulas de substituição não foram dadas, garantiu o mesmo dirigente.
Na mesma semana, os professores já se tinham concentrado, uma primeira vez, frente ao Ministério para exigirem que o horário de prolongamento seja assegurado por monitores de tempos livres e não por professores. Também reivindicam que as aulas de substituição sejam pagas como serviço extraordinário.
Combater a ilegalidade
Em consequência da greve, o Ministério fez saber que pretende descontar um dia de salário aos docentes que a ela aderiram. Num comunicado de dia 25, a federação considera que a intenção vem confirmar «que a actual equipa ministerial optou pela via do confronto com a legalidade e com os professores quando mais se necessitava de diálogo e negociação.
Para a Fenprof, «o comportamento de confronto permanente com os docentes e as suas organizações sindicais é, actualmente, um dos principais motivos da grande instabilidade que atinge a Educação e as escolas, e do enorme descontentamento destes profissionais».
A federação acusa o Ministério de desenvolver «várias campanhas de degradação da imagem dos professores na sociedade», das quais se destaca «a falsa acusação de que existiria um elevadíssimo índice de absentismo docente».
Mau perder
A intenção de retirar aos professores o salário de um dia de trabalho por motivo da greve «apenas revelam mau perder, pois [a ministra e secretários] não esperavam que a greve aos prolongamentos e às substituições fosse tão expressiva, que tantos docentes participassem nas reuniões e plenários promovidos pelos seus sindicatos e que tantas fossem as moções aprovadas nas escolas ao longo da semana de contestação à política educativa».
Afirmando ir aguardar uma posição final da tutela sobre este problema, a Fenprof avisa que vai accionar todos os mecanismos ao seu alcance, no sentido de a contestar, mostrando-se disponível para avançar com queixas a todos os órgãos de poder, ao Parlamento Europeu e à OIT, «por mais e melhor escola pública, pela elevação da qualidade do ensino e da educação, pela estabilidade e valorização dos docentes.
Por terem a razão do seu lado, os professores garantem que «a luta vai continuar».
A ministra deve e teme
O Sindicato dos Professores da Região Centro, filiado na Fenprof, denunciou o procedimento da ministra, Lurdes Rodrigues e da respectiva equipa, acusando-os de estarem em dívida com a classe docente.
Em causa está o facto de a ministra, quando efectua visitas e deslocações, não as anunciar previamente para evitar a contestação. Para o SPRC/CGTP-IN, este comportamento «é uma vergonha» e confirma que a ministra está em dívida e, por isso, «teme e anda às escondidas».
«Devem respeito às suas organizações representativas, às populações e às crianças portuguesas ao decidirem encerrar escolas sem dó nem piedade e sem uma negociação séria com os professores». Mas as dívidas do Ministério da Educação não ficam por aqui: «devem à democracia portuguesa, ao agirem como agem, sem dialogar, sem respeitar as regras da negociação, sem respeito por nada ou por ninguém», acusa o SPRC.
O sindicato acusa os responsáveis tutela de dever «à verdade, quando afirmam estar a tomar medidas para valorizar a escola pública, mas, de facto, todas as que tomam apenas contribuem para a degradar». Acusa ainda a ministra porque muitas das medidas anunciadas «são uma farsa e têm por objectivo permitir a privatização» de funções que deviam ser assumidas pela escola pública.