Hamas forma governo
O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas, aceitou a nomeação de Ismael Haniyeh para liderar o futuro governo palestiniano. O dirigente, indigitado no domingo pelo Hamas, tem agora um prazo de cinco semanas para estabelecer contactos e decidir a composição do novo executivo.
Na sequência da decisão de Abbas, o movimento independentista anunciou, através de um dos seus principais representantes parlamentares, Al-Zahar, a intenção de «formar um grande governo de coligação em que esteja presente a Fatah e outros partidos políticos».
A tarefa decorre a bom ritmo e Zahar já se encontrou com a Frente Popular da Libertação da Palestina (FPLP), formação política que revelou estar na disposição de integrar o governo de Haniyeh.
Primeiras medidas contestadas
Mais difíceis parecem ser as negociações com a Fatah, sobretudo depois do presidente do Conselho Legislativo Palestiniano (CLP), Aziz Doweik, membro do Hamas, ter decretado a suspensão de um conjunto de medidas aprovadas na anterior legislatura, na qual o plenário era maioritariamente composto por deputados da Fatah.
A Fatah acusa o presidente do CLP de ignorar e violar a legislação em vigor e espera que tal medida seja «um acidente de percurso e não de um método de trabalho».
Em causa está um decreto apresentado por Mahmud Abbas, aprovado à pouco mais de uma semana, no qual se delega no Chefe de Estado a nomeação do presidente e dos juizes do Tribunal Constitucional. Acresce que, na mesma votação, a Fatah aprovou a nomeação de dois dirigentes do partido para a chefia do Organismo de Controlo Administrativo e Financeiro e para o cargo de secretário-geral do CPL, respectivamente.
Sanções já implementadas
Entretanto, o governo israelita reagiu com violência à consolidação do processo eleitoral na Palestina.
O executivo de Tel Avive decidiu congelar as transferências mensais devidas à ANP, na ordem dos 50 milhões de dólares, referentes a impostos alfandegários e sobre o consumo de bens e produtos. A verba representa um terço dos fundos destinados ao pagamento dos salários dos cerca de 150 mil funcionários públicos palestinianos.
Para além do estrangulamento financeiro, Israel estuda ainda o endurecimento das regras de atribuição de visto laboral a palestinianos. As estatísticas indicam que, actualmente, mais de 15 mil cidadãos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza trabalham em Israel.
Por fim, Israel anunciou um controlo ainda mais apertado nos postos fronteiriços, medida que será aplicada a pessoas e mercadorias com igual rigor.
Na sequência da decisão de Abbas, o movimento independentista anunciou, através de um dos seus principais representantes parlamentares, Al-Zahar, a intenção de «formar um grande governo de coligação em que esteja presente a Fatah e outros partidos políticos».
A tarefa decorre a bom ritmo e Zahar já se encontrou com a Frente Popular da Libertação da Palestina (FPLP), formação política que revelou estar na disposição de integrar o governo de Haniyeh.
Primeiras medidas contestadas
Mais difíceis parecem ser as negociações com a Fatah, sobretudo depois do presidente do Conselho Legislativo Palestiniano (CLP), Aziz Doweik, membro do Hamas, ter decretado a suspensão de um conjunto de medidas aprovadas na anterior legislatura, na qual o plenário era maioritariamente composto por deputados da Fatah.
A Fatah acusa o presidente do CLP de ignorar e violar a legislação em vigor e espera que tal medida seja «um acidente de percurso e não de um método de trabalho».
Em causa está um decreto apresentado por Mahmud Abbas, aprovado à pouco mais de uma semana, no qual se delega no Chefe de Estado a nomeação do presidente e dos juizes do Tribunal Constitucional. Acresce que, na mesma votação, a Fatah aprovou a nomeação de dois dirigentes do partido para a chefia do Organismo de Controlo Administrativo e Financeiro e para o cargo de secretário-geral do CPL, respectivamente.
Sanções já implementadas
Entretanto, o governo israelita reagiu com violência à consolidação do processo eleitoral na Palestina.
O executivo de Tel Avive decidiu congelar as transferências mensais devidas à ANP, na ordem dos 50 milhões de dólares, referentes a impostos alfandegários e sobre o consumo de bens e produtos. A verba representa um terço dos fundos destinados ao pagamento dos salários dos cerca de 150 mil funcionários públicos palestinianos.
Para além do estrangulamento financeiro, Israel estuda ainda o endurecimento das regras de atribuição de visto laboral a palestinianos. As estatísticas indicam que, actualmente, mais de 15 mil cidadãos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza trabalham em Israel.
Por fim, Israel anunciou um controlo ainda mais apertado nos postos fronteiriços, medida que será aplicada a pessoas e mercadorias com igual rigor.