Deterioração do emprego
«O Inquérito ao Emprego do INE, relativo ao 4.º trimestre de 2005, revela uma profunda deterioração do mercado de emprego», afirmou anteontem a CGTP-IN.
Das estatísticas divulgadas, a central realça que: o emprego estagnou, confirmando a tendência, vinda de 2002, de incapacidade de criação de empregos pela economia; a taxa de desemprego atinge 8 por cento no trimestre e 7,6 por cento no ano de 2005, valor que é «o mais alto verificado desde 1987» e quase o dobro da taxa de há 5 anos (4 por cento em 2000), ultrapassando já os 7,4 por cento previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento para 2005-2009; a precariedade mantém-se num valor elevado, e os 19,5 por cento só são ligeiramente inferiores ao valor de 2004, devido à não renovação de contratos a prazo; as taxas de desemprego de mulheres (8,7 por cento) e jovens (16,1 por cento) permanecem em valores bastante superiores à média.
Perante estes dados, a Inter reafirma que só uma política virada para a resolução dos problemas do sector produtivo pode responder à preocupante situação» actual, em lugar do marketing político, que predomina.
Perante estes dados, a Inter reafirma que só uma política virada para a resolução dos problemas do sector produtivo pode responder à preocupante situação» actual, em lugar do marketing político, que predomina.