Protestos no Haiti
Pelo menos um morto e dezenas de feridos é o resultado dos confrontos, segunda-feira, entre soldados da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) e milhares de haitianos que se mobilizaram para exigir a recontagem dos resultados eleitorais.
Junto ao aeroporto de Port-au-Prince, os soldados mandatados pela ONU após a invasão do país e a destituição do então presidente, Jean Bertrand Aristide, em 2004, abriram fogo sobre a multidão, embora a versão oficial apenas admita «tiros para o ar».
Os protestos duram à dias na capital do Haiti. Os manifestantes ergueram barricadas um pouco por toda a cidade e exigem que o candidato mais votado, René Préval, seja reconhecido como vencedor à primeira volta.
Segundo os dados da organização do sufrágio, Préval obteve pouco mais de 48 por cento dos votos, facto que o obriga a nova disputa nas urnas, agendada para o próximo mês de Março, provavelmente com Leslie Manigat, que obteve cerca de 11,84% dos votos.
Também na segunda-feira, centenas de populares forçaram a entrada no Hotel Montana, onde se encontra parte dos funcionários e da logística da ONU. A tentativa acabou por ser gorada pela intervenção do bispo católico sul-africano e prémio Nobel da Paz, Desmond Toto, convidado a visitar o país e a fomentar um clima de «unidade e reconciliação nacional».
A revolta no Haiti contra a presença de tropas estrangeiras no país cresceu com a aproximação do acto eleitoral e avolumou-se com as suspeitas e denúncias de fraude.
No sábado, o responsável do Conselho Eleitoral, Jacques Bernard, recusou-se a divulgar os resultados estratificados por província e revelou apenas os totais nacionais. Os apoiantes de Préval indignaram-se e apresentaram testemunhos que indicam irregularidades durante a votação e a contagem dos boletins.
Segundo estes, vários boletins de voto foram encontrados no lixo, prova de que alguém está interessado em forçar uma segunda volta.
Junto ao aeroporto de Port-au-Prince, os soldados mandatados pela ONU após a invasão do país e a destituição do então presidente, Jean Bertrand Aristide, em 2004, abriram fogo sobre a multidão, embora a versão oficial apenas admita «tiros para o ar».
Os protestos duram à dias na capital do Haiti. Os manifestantes ergueram barricadas um pouco por toda a cidade e exigem que o candidato mais votado, René Préval, seja reconhecido como vencedor à primeira volta.
Segundo os dados da organização do sufrágio, Préval obteve pouco mais de 48 por cento dos votos, facto que o obriga a nova disputa nas urnas, agendada para o próximo mês de Março, provavelmente com Leslie Manigat, que obteve cerca de 11,84% dos votos.
Também na segunda-feira, centenas de populares forçaram a entrada no Hotel Montana, onde se encontra parte dos funcionários e da logística da ONU. A tentativa acabou por ser gorada pela intervenção do bispo católico sul-africano e prémio Nobel da Paz, Desmond Toto, convidado a visitar o país e a fomentar um clima de «unidade e reconciliação nacional».
A revolta no Haiti contra a presença de tropas estrangeiras no país cresceu com a aproximação do acto eleitoral e avolumou-se com as suspeitas e denúncias de fraude.
No sábado, o responsável do Conselho Eleitoral, Jacques Bernard, recusou-se a divulgar os resultados estratificados por província e revelou apenas os totais nacionais. Os apoiantes de Préval indignaram-se e apresentaram testemunhos que indicam irregularidades durante a votação e a contagem dos boletins.
Segundo estes, vários boletins de voto foram encontrados no lixo, prova de que alguém está interessado em forçar uma segunda volta.