Jovens têm comportamentos de risco no sexo

Os jovens portugueses continuam a ter comportamentos de risco nas relações sexuais, revelou na semana passada Américo Baptista, director do Departamento de Psicologia e do Mestrado em Sexologia, durante Quarto Simpósio sobre Educação Sexual da Universidade Lusófona.
Portugal é o segundo país da Europa Ocidental com maior número de mães adolescentes e o primeiro na infecção pelo HIV. Em cada mil jovens existem 22 casos de gravidez na adolescência com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos. Em Espanha, Itália e Bélgica a taxa de gravidez está abaixo dos 10 casos em cada mil.
Em relação à Sida, Portugal evidencia as mesmas tendências evolutivas verificadas no resto da Europa: aumento da transmissão entre heterossexuais, diminuição de toxicodependentes e crescimento de casos de sida entre os 45 e os 55 anos.
Américo Baptista, citado pela agência Lusa, considera que o facto dos jovens portugueses terem comportamentos de riscos é «uma tendência contrária ao que se havia de esperar» por haver um conhecimentos relativamente elevado. «Mas não é pelo facto de eu saber que fumar é perigoso que vou deixar de fumar», comentou o professor, fazendo um paralelo com os comportamentos sexuais.
Um estudo conduzido junto de mais de mil estudantes universitários concluiu que a informação é necessária, mas não é suficiente para prevenir os comportamentos de risco. O coordenador do estudo, Américo Baptista, considera que os «programas do governo são benéficos nas escolas desde que ministrados em pequenos grupos», com mensagens mais específicas e eficazes.
O trabalho demonstra a existência de uma tendência «muito interessante»: os homens têm comportamentos de risco independentemente de terem ou não conhecimento, enquanto as mulheres continuam a ter esses comportamentos, apesar de terem informação. Outra informação avançada pelo estudo é o facto de os homens serem menos susceptível de contrair doenças sexualmente transmissíveis do que as mulheres.


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