Contra especulação imobiliária
A Organização Concelhia da Amadora do PCP reuniu, no dia 17 de Dezembro, a 8.ª Assembleia de Organização, que debateu e aprovou o projecto de Resolução Política e elegeu a nova Comissão Concelhia.
O PCP não quer ver a Amadora de novo transformada em dormitório
Três anos decorridos sobre a realização da última Assembleia, os comunistas da Amadora fazem agora o balanço ao trabalho desde então levado à prática, destacando como ponto alto as decisões do XVII Congresso do PCP, que permitiram dar um novo impulso à acção partidária, «derrotando mais uma vez os que apostam na descaracterização e destruição do PCP».
A Resolução Política caracteriza estes três últimos anos como tendo sido «marcados pelo agravamento da exploração dos trabalhadores portugueses e do conjunto das camadas não monopolistas da população», em resultado de políticas de direita «ao serviço dos grandes grupos económicos». Políticas de direita que respondem ao descalabro económico de que são responsáveis com a intensificação da exploração e o alargamento dos privilégios das classes dominantes.
Relativamente à cidade da Amadora, a Assembleia considera que está particularmente ameaçada «pela desarticulação do sector produtivo nacional e pela especulação imobiliária e financeira», ameaçando transformar-se, com tudo o que existe na área da cultura, do desporto, dos tempos livres ou mesmo do pequeno comércio e do trabalho num «novo dormitório».
Ainda no concelho, o PCP, para além da resistência oferecida a esta ofensiva das classes dominantes, tem lutado em defesa da Sorefame, da M.B. Pereira da Costa, contra o traçado da CRIL e contra a entrega da Quinta do Estado à Especulação imobiliária.
Porém, para os comunistas da Amadora, «os objectivos do Partido só são concretizáveis com uma organização mais virada para fora, para a vida», uma organização que «conheça a realidade social das freguesias e do concelho, que intervenha junto das estruturas organizadas e promova a permanente ligação local, concelhia, distrital e nacional das diferentes realidades». É assim que, sentindo a necessidade de reforçar a intervenção e organização do Partido no seio dos trabalhadores e de dinamizar a luta das populações, a Assembleia apontou um conjunto de medidas a levar à prática e que, a nível orgânico, passam nomeadamente pela criação de mais células, de grupos de trabalho específicos, de organismos de articulação entre sectores profissionais ou pela realização de mais encontros de quadros.
Reforçar JCP
Outras questões debatidas pela Assembleia, que reservou um capítulo específico para a Juventude, dizem respeito ao trabalho autárquico, pela sua importância e pelas responsabilidades que os comunistas nele assumem (a CDU tem no concelho 2 vereadores e 8 deputados municipais e, ainda, eleitos em Executivos de Junta (2) e em todas as Assembleias de Freguesia, num total de 31); à propaganda partidária como forma de combate à marginalização a que a comunicação social vota o PCP; à formação ideológica dos quadros.
O trabalho do Partido dirigido à Juventude apresenta, porém, uma «diferença básica quando comparado com o dirigido a outras camadas fundamentais». Essa a razão, afirma-se na Resolução Política, por que o PCP criou uma organização nacional, autónoma e com militância própria – a Juventude Comunista Portuguesa. Assim, «contribuir para o reforço da JCP e da sua capacidade de direcção própria a todos os níveis» é tarefa primeira das organizações do Partido, que devem trabalhar para o reforço da participação dos jovens na luta pelos seus direitos e aspirações e na acção revolucionária mais geral.
Melhorar a articulação com a JCP é, ainda, outro objectivo do PCP, que defende a incorporação da camada juvenil da população em todas as áreas de acção: no trabalho autárquico, no movimento associativo, no trabalho junto das empresas e locais de trabalho e, particularmente, no combate à grande ofensiva ideológica de direita que sobre ela se abate.
Organização
Instrumento fundamental
O reforço da organização foi, naturalmente, a questão a que a 8.ª Assembleia da Amadora deu maior atenção. «Sem organização não é possível levar à prática qualquer orientação por mais correcta que seja», considera a Resolução Política, classificando esta vertente do trabalho partidário como «um instrumento fundamental para a intervenção do Partido, a sua ligação às massas e o reforço da sua influência». Da sua subestimação, alerta ainda, podem resultar entraves acrescidos à realização das tarefas do Partido.
Entretanto, para dar resposta «ao vasto e complexo conjunto de tarefas» que se lhe apresenta, o Partido precisa de «um maior número de militantes a participar activamente» e, nesse sentido, a Assembleia apontou algumas medidas e prioridades de trabalho, que vão do recrutamento e enquadramento dos novos militantes, à continuação do apuramento da situação dos quadros do Partido e ao levantamento e responsabilização de quadros.
A realização regular de plenários e Assembleias de Organização, que permitam aos militantes, para além de uma maior participação, o balanço do trabalho realizado e a definição de linhas de trabalho futuro, são outras medidas apontadas pela Assembleia como forma de aprofundar a democracia interna e dinamizar o trabalho partidário no concelho.
A formação ideológica dos militantes e a independência financeira do Partido foram duas questões que mereceram particular atenção da Assembleia, que definiu entre outras prioridades de trabalho o reforço da venda do Avante! e Militante e uma maior divulgação das posições e propostas do Partido, por um lado, e a actualização e recolha sistemática de quotas e a realização de iniciativas de fundos, por outro.
O reforço das Comissões de Freguesia e a criação de Comités Locais é outro aspecto do trabalho concelhio que a Assembleia considera «decisivo» para o alargamento da capacidade de direcção e organização do PCP, permitindo-lhe honrar o trabalho que ao longo da sua história desenvolveu no concelho, nomeadamente na luta pelo criação do Município da Amadora e na sua gestão ao longo de 18 anos, fazendo evoluir a Amadora de «um dormitório situado numa freguesia de Oeiras para a Cidade que é hoje».
A Resolução Política caracteriza estes três últimos anos como tendo sido «marcados pelo agravamento da exploração dos trabalhadores portugueses e do conjunto das camadas não monopolistas da população», em resultado de políticas de direita «ao serviço dos grandes grupos económicos». Políticas de direita que respondem ao descalabro económico de que são responsáveis com a intensificação da exploração e o alargamento dos privilégios das classes dominantes.
Relativamente à cidade da Amadora, a Assembleia considera que está particularmente ameaçada «pela desarticulação do sector produtivo nacional e pela especulação imobiliária e financeira», ameaçando transformar-se, com tudo o que existe na área da cultura, do desporto, dos tempos livres ou mesmo do pequeno comércio e do trabalho num «novo dormitório».
Ainda no concelho, o PCP, para além da resistência oferecida a esta ofensiva das classes dominantes, tem lutado em defesa da Sorefame, da M.B. Pereira da Costa, contra o traçado da CRIL e contra a entrega da Quinta do Estado à Especulação imobiliária.
Porém, para os comunistas da Amadora, «os objectivos do Partido só são concretizáveis com uma organização mais virada para fora, para a vida», uma organização que «conheça a realidade social das freguesias e do concelho, que intervenha junto das estruturas organizadas e promova a permanente ligação local, concelhia, distrital e nacional das diferentes realidades». É assim que, sentindo a necessidade de reforçar a intervenção e organização do Partido no seio dos trabalhadores e de dinamizar a luta das populações, a Assembleia apontou um conjunto de medidas a levar à prática e que, a nível orgânico, passam nomeadamente pela criação de mais células, de grupos de trabalho específicos, de organismos de articulação entre sectores profissionais ou pela realização de mais encontros de quadros.
Reforçar JCP
Outras questões debatidas pela Assembleia, que reservou um capítulo específico para a Juventude, dizem respeito ao trabalho autárquico, pela sua importância e pelas responsabilidades que os comunistas nele assumem (a CDU tem no concelho 2 vereadores e 8 deputados municipais e, ainda, eleitos em Executivos de Junta (2) e em todas as Assembleias de Freguesia, num total de 31); à propaganda partidária como forma de combate à marginalização a que a comunicação social vota o PCP; à formação ideológica dos quadros.
O trabalho do Partido dirigido à Juventude apresenta, porém, uma «diferença básica quando comparado com o dirigido a outras camadas fundamentais». Essa a razão, afirma-se na Resolução Política, por que o PCP criou uma organização nacional, autónoma e com militância própria – a Juventude Comunista Portuguesa. Assim, «contribuir para o reforço da JCP e da sua capacidade de direcção própria a todos os níveis» é tarefa primeira das organizações do Partido, que devem trabalhar para o reforço da participação dos jovens na luta pelos seus direitos e aspirações e na acção revolucionária mais geral.
Melhorar a articulação com a JCP é, ainda, outro objectivo do PCP, que defende a incorporação da camada juvenil da população em todas as áreas de acção: no trabalho autárquico, no movimento associativo, no trabalho junto das empresas e locais de trabalho e, particularmente, no combate à grande ofensiva ideológica de direita que sobre ela se abate.
Organização
Instrumento fundamental
O reforço da organização foi, naturalmente, a questão a que a 8.ª Assembleia da Amadora deu maior atenção. «Sem organização não é possível levar à prática qualquer orientação por mais correcta que seja», considera a Resolução Política, classificando esta vertente do trabalho partidário como «um instrumento fundamental para a intervenção do Partido, a sua ligação às massas e o reforço da sua influência». Da sua subestimação, alerta ainda, podem resultar entraves acrescidos à realização das tarefas do Partido.
Entretanto, para dar resposta «ao vasto e complexo conjunto de tarefas» que se lhe apresenta, o Partido precisa de «um maior número de militantes a participar activamente» e, nesse sentido, a Assembleia apontou algumas medidas e prioridades de trabalho, que vão do recrutamento e enquadramento dos novos militantes, à continuação do apuramento da situação dos quadros do Partido e ao levantamento e responsabilização de quadros.
A realização regular de plenários e Assembleias de Organização, que permitam aos militantes, para além de uma maior participação, o balanço do trabalho realizado e a definição de linhas de trabalho futuro, são outras medidas apontadas pela Assembleia como forma de aprofundar a democracia interna e dinamizar o trabalho partidário no concelho.
A formação ideológica dos militantes e a independência financeira do Partido foram duas questões que mereceram particular atenção da Assembleia, que definiu entre outras prioridades de trabalho o reforço da venda do Avante! e Militante e uma maior divulgação das posições e propostas do Partido, por um lado, e a actualização e recolha sistemática de quotas e a realização de iniciativas de fundos, por outro.
O reforço das Comissões de Freguesia e a criação de Comités Locais é outro aspecto do trabalho concelhio que a Assembleia considera «decisivo» para o alargamento da capacidade de direcção e organização do PCP, permitindo-lhe honrar o trabalho que ao longo da sua história desenvolveu no concelho, nomeadamente na luta pelo criação do Município da Amadora e na sua gestão ao longo de 18 anos, fazendo evoluir a Amadora de «um dormitório situado numa freguesia de Oeiras para a Cidade que é hoje».