«É uma decisão lamentável e injusta», considera em comunicado a Comissão Concelhia do PCP de Coimbra. Esta decisão, segundo os comunistas «atinge milhares de famílias de baixos rendimentos, com destaque para muitos idosos, desempregados e trabalhadores com baixos salários, a quem o Governo aplicou taxas de actualizações de salários e pensões quatro vezes mais baixos do que este aumento da água».
Ainda segundo o documento, o aumento «assenta num conjunto de imposições, desde a proibição de os municípios acederem aos fundos comunitários para os investimentos “em alta”, até à actual proibição de recurso ao crédito, cujo o elemento comum é o engenheiro José Sócrates, como ministro do Ambiente e agora como primeiro-ministro».
«Pretende legitimar-se no argumento de que devem ser os actuais consumidores a pagar os investimentos de extensão da rede de saneamento às zonas não servidas do município, o que viola a própria definição legal de tarifa, que é um preço cobrado pelo serviço prestado», referem os comunistas.
De acordo com o PCP de Coimbra, o aumento «agrava valores de tarifa especialmente penalizadores para aqueles que ainda não têm saneamento e se vêem obrigados a recorrer ao serviço de vazamento de fossas sépticas e ainda para escolas, hospitais, centros de saúde e restantes serviços públicos».
Apelando aos restantes partidos com assento na Assembleia Municipal de Coimbra para exigirem igualmente a revisão do aumento, o PCP exorta também os cidadãos para «a necessidade de travar e outras medidas contidas no programa do Governo».