Corrupção no ensino

O sistema educativo de alguns países é marcado pela corrupção, como denuncia um estudo da organização não-governamental Trans­pa­rency In­ter­na­ti­onal, divulgado em Londres na sexta-feira, quando se comemorava o Dia Mundial das Nações Unidas contra a Corrupção. O estudo foi realizado em dez países: Argentina, Brasil, México, Nicarágua, Bósnia-Her zegovina, Serra Leoa, Níger, Zâmbia, Geórgia e Nepal.
Dando diversos exemplos, o documento mostra «até que ponto a corrupção na educação mina de forma grave o desenvolvimento político, económico e social». «Um manual escolar de base e uma boa nota não deviam depender do facto de se ter untado as mãos de um professor ou de um administrador escolar corrupto», afirmou Huguette Labelle, presidente da organização, na apresentação do estudo.
Como mostra o documento, em alguns países os pais são obrigados a pagar subornos para conseguir a escolarização dos seus filhos e estas quantias constituem um «fardo pesado para as famílias, nomeadamente as mais pobres». «Os pais mais pobres, em vez de pagar os subornos, escolhem alimentar a família, deixando uma geração sem educação escolar e perpetuando a armadilha da pobreza», acrescenta.
Na Bósnia-Herzegovina, por exemplo, em duas das principais universidades «os subornos para os exames e a venda de diplomas são as formas mais comuns de corrupção». No Brasil várias autarquias «perdem até 55 por cento dos subsídios federais para a educação devido às fraudes» e no México algumas famílias têm de pagar 30 dólares (25 euros) às escondidas para conseguirem que os seus filhos tenham a cesso ao sistema educativo, em geral gratuito no país.
Segundo a organização, a Zâmbia constitui uma excepção, porque as associações de pais ligaram-se aos sindicatos dos professores e gerem as finanças das escol as, num meio eficaz de combater a corrupção e a fraude no sistema escolar.


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