Falta cumprir na Linha do Sado

As promessas não cumpridas pelo Governo e pela Refersão recordadas pela sub-Comissão de Trabalhadores da CP, num comunicado em que denuncia «o impasse em dar continuidade aos trabalhos de electrificação no troço de linha Pinhal Novo-Barreiro» e «exige que sejam retomadas as obras de modernização da Linha do Sado», para cumprimento da promessa feita em 1999, de funcionar com comboios de tracção eléctrica na ligação entre Barreiro e Praias do Sado.
«Este é o único troço de linha, na Área Metropolitana de Lisboa, em que os comboios continuam a ser traccionados a motores diesel», protesta a sub-CT, salientando que já passaram 5 anos desde a decisão de electrificar e modernizar aqueles 14 quilómetros de linha.
A sub-CT saúda «a justa luta da Comissão de Utentes da Linha do Sado», que no passado dia 24 promoveu concentrações no Quebedo, Pinhal Novo e Barreiro A, onde foram aprovadas reclamações a enviar ao Ministério da tutela. Justificando a saudação, reafirma que «a luta é de todos, dos utentes e dos trabalhadores desta linha», até porque estes, «além de estarem a defender os seus postos de trabalho, são também utilizadores da Linha do Sado».
Em causa estão, segundo aquela estrutura, cerca de uma centena de postos de trabalho directos, a que se juntam os indirectos (nas empresas prestadoras de serviços à CP, como as Oficinas da EMEF no Barreiro) e da Refer.
A Sub-Comissão de Trabalhadores da Linha do Sado apela a que também as autarquias locais se empenhem em denunciar a situação junto do Ministério da tutela, defendendo um serviço público e social, em beneficio dos seus munícipes.
Segundo uma publicação interna da empresa (o boletim Flash CP), a Linha do Sado, no mês de Outubro, teve excelentes resultados, com indicadores de pontualidade e regularidade diária na ordem dos 97 por cento.

Negócio frustrado

Pela comunicação social, a sub-CT teve conhecimento de que que se preparava «mais um “cozinhado” em nítido beneficio do grupo Barraqueiro/Fertagus para aquisição da concessão de outra empresa rodoviária no concelho de Setúbal», mas «as contas saíram furadas», pois a Autoridade da Concorrência não aprovou o negócio da empresa Arriba Transportes Margem Sul (ATMS), envolvendo os grupos Arriba e Barraqueiro.


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