Conservador católico vence presidenciais
Com a vitória do seu candidato presidencial, o partido «Lei e Justiça» obtém um dupla vitória um mês depois das legislativas.
O discurso «social» e «antiliberal» convenceu a maioria do eleitorado
Lech Kaczynski, actual edil do município de Varsóvia, venceu, no domingo, dia 23, a segunda volta das presidenciais na Polónia, com 54,5 por cento dos votos, distanciando-se nove pontos percentuais do liberal, Donald Tusk, da Plataforma Cívica (PO), num escrutínio novamente marcado por uma forte abstenção que rondou os 50 por cento.
Tal como já tinha feito o seu irmão gémeo, Jaroslaw Kaczynski, líder do partido Lei e Justiça (PiS), que ganhou as legislativas de 25 de Setembro, o candidato «conservador» centrou a sua campanha na luta contra corrupção e na defesa dos sistemas de protecção social, evidenciando-se na recta final com sonoras declarações contra o liberalismo e com a proposta de realizar um referendo sobre a adopção do euro em 2010.
A vitória de Kaczynski não foi prevista por nenhum dos institutos de sondagens, os quais outorgaram até ao fim vantagem ao candidato liberal, Donald Tusk. Curiosamente, ambos são originários do movimento pseudo-sindical «Solidariedade» de Lech Walesa.
Recolhendo os apoios do partido de extrema-direita «Autodefesa», bem como dos católicos radicais ligados à estação «Radio Maryja», Kaczynski, anticomunista visceral, mostrou-se visivelmente satisfeito com o resultado que consagra um dupla vitória do seu partido em dois sufrágios consecutivos. «Este é o momento mais feliz da minha vida desde a queda do comunismo em 1989», declarou o presidente eleito, na noite de domingo, não se esquecendo de felicitar o irmão Jaroslaw, a quem disse perante as câmaras: «Missão cumprida».
Na sequência das legislativas, o líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, anunciou que não assumiria o cargo de primeiro-ministro e, mantendo-se embora à frente do partido, entregou a tarefa a um correligionário especialista em economia, Kazimierz Marcinkiewicz.
A razão é que, segundo os inquéritos de opinião, o eleitorado polaco não desejava ter um primeiro-ministro e um chefe de Estado tão parecidos fisicamente como duas gotas de água, com excepção de dois sinais na cara do agora presidente polaco.
Embora adversários na corrida presidencial, a Plataforma Cívica e o partido Lei e Justiça, para além de resultarem ambos de cisões do «Solidariedade», há muito que se entenderam para formar um governo de coligação. Juntos dispõem de uma confortável maioria parlamentar de 288 lugares em 460.
As negociações para a elaboração do programa de governo e distribuição de pastas, entretanto suspensas devido às presidenciais, foram retomadas na passada segunda-feira.
Tal como já tinha feito o seu irmão gémeo, Jaroslaw Kaczynski, líder do partido Lei e Justiça (PiS), que ganhou as legislativas de 25 de Setembro, o candidato «conservador» centrou a sua campanha na luta contra corrupção e na defesa dos sistemas de protecção social, evidenciando-se na recta final com sonoras declarações contra o liberalismo e com a proposta de realizar um referendo sobre a adopção do euro em 2010.
A vitória de Kaczynski não foi prevista por nenhum dos institutos de sondagens, os quais outorgaram até ao fim vantagem ao candidato liberal, Donald Tusk. Curiosamente, ambos são originários do movimento pseudo-sindical «Solidariedade» de Lech Walesa.
Recolhendo os apoios do partido de extrema-direita «Autodefesa», bem como dos católicos radicais ligados à estação «Radio Maryja», Kaczynski, anticomunista visceral, mostrou-se visivelmente satisfeito com o resultado que consagra um dupla vitória do seu partido em dois sufrágios consecutivos. «Este é o momento mais feliz da minha vida desde a queda do comunismo em 1989», declarou o presidente eleito, na noite de domingo, não se esquecendo de felicitar o irmão Jaroslaw, a quem disse perante as câmaras: «Missão cumprida».
Na sequência das legislativas, o líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, anunciou que não assumiria o cargo de primeiro-ministro e, mantendo-se embora à frente do partido, entregou a tarefa a um correligionário especialista em economia, Kazimierz Marcinkiewicz.
A razão é que, segundo os inquéritos de opinião, o eleitorado polaco não desejava ter um primeiro-ministro e um chefe de Estado tão parecidos fisicamente como duas gotas de água, com excepção de dois sinais na cara do agora presidente polaco.
Embora adversários na corrida presidencial, a Plataforma Cívica e o partido Lei e Justiça, para além de resultarem ambos de cisões do «Solidariedade», há muito que se entenderam para formar um governo de coligação. Juntos dispõem de uma confortável maioria parlamentar de 288 lugares em 460.
As negociações para a elaboração do programa de governo e distribuição de pastas, entretanto suspensas devido às presidenciais, foram retomadas na passada segunda-feira.