Desespero no Paquistão
No domingo, a terra voltou a tremer no Paquistão provocando o pânico e o desespero entre a população, ainda mal refeita do sismo que, no passado dia oito, arrasou o norte do país deixando um balanço provisório de 51 mil mortos, 74 mil feridos e pelo menos três milhões de desalojados.
Para além de subsistirem vastas regiões do Paquistão onde o auxilio das autoridades ainda não chegou, o cenário nas zonas desde então contactadas configura-se, nas palavras do responsável da ONU no terreno, Jan Egeland, como «o pior pesadelo logístico», muito mais grave que o vivido após o maremoto que atingiu 11 países do sudoeste asiático.
À imprensa, Egeland afirmou que «pensávamos que o tsunami era o pior que poderíamos viver. Este é pior». O cenário pode vir a agravar-se ainda mais, não só para os populares já assistidos, mas, sobretudo, para o meio milhão de pessoas que se estima continuem isoladas e votadas à sua sorte nas montanhas do Paquistão e no enclave de Caxemira. A chegada do inverno, os nevões, a fome e as doenças são os principais factores que ameaçam avolumar consideravelmente a tragédia.
Ainda de acordo com as palavras do holandês, as promessas de donativos à organização não ultrapassaram, mais de dez dias após o terremoto, um terço do mínimo inicialmente exigido, pelo que, conclui, «o mundo não está a responder como devia».
O êxodo de milhares de pessoas em direcção às regiões planas está também a dificultar a assistência obstruindo estradas praticamente intrasitáveis, mas os responsáveis admitem que para quem já perdeu tudo não existe outra hipótese de sobrevivência.
Da parte da UNICEF, Ann Veneman afirmou que podem morrer de frio, fome e doença, só nas centenas de aldeias isoladas, um número nunca inferior a 120 mil crianças, caso não seja prestada assistência imediata e antes da aproximação do inverno.
Vários coordenadores de organizações humanitárias e quadros responsáveis ligados às Nações Unidas alertaram, desde os primeiros dias da catástrofe, para a insuficiência de meios disponibilizados, com particular destaque para os aviões e helicópteros colocados à disposição, veículos absolutamente centrais para facilitar o acesso às regiões mais remotas, mas nem por isso menos atingidas.
Para além de subsistirem vastas regiões do Paquistão onde o auxilio das autoridades ainda não chegou, o cenário nas zonas desde então contactadas configura-se, nas palavras do responsável da ONU no terreno, Jan Egeland, como «o pior pesadelo logístico», muito mais grave que o vivido após o maremoto que atingiu 11 países do sudoeste asiático.
À imprensa, Egeland afirmou que «pensávamos que o tsunami era o pior que poderíamos viver. Este é pior». O cenário pode vir a agravar-se ainda mais, não só para os populares já assistidos, mas, sobretudo, para o meio milhão de pessoas que se estima continuem isoladas e votadas à sua sorte nas montanhas do Paquistão e no enclave de Caxemira. A chegada do inverno, os nevões, a fome e as doenças são os principais factores que ameaçam avolumar consideravelmente a tragédia.
Ainda de acordo com as palavras do holandês, as promessas de donativos à organização não ultrapassaram, mais de dez dias após o terremoto, um terço do mínimo inicialmente exigido, pelo que, conclui, «o mundo não está a responder como devia».
O êxodo de milhares de pessoas em direcção às regiões planas está também a dificultar a assistência obstruindo estradas praticamente intrasitáveis, mas os responsáveis admitem que para quem já perdeu tudo não existe outra hipótese de sobrevivência.
Da parte da UNICEF, Ann Veneman afirmou que podem morrer de frio, fome e doença, só nas centenas de aldeias isoladas, um número nunca inferior a 120 mil crianças, caso não seja prestada assistência imediata e antes da aproximação do inverno.
Vários coordenadores de organizações humanitárias e quadros responsáveis ligados às Nações Unidas alertaram, desde os primeiros dias da catástrofe, para a insuficiência de meios disponibilizados, com particular destaque para os aviões e helicópteros colocados à disposição, veículos absolutamente centrais para facilitar o acesso às regiões mais remotas, mas nem por isso menos atingidas.