Sírios saem à rua
Centenas de milhares de sírios saíram, segunda-feira, às ruas de Damasco, capital do país, para rejeitar as conclusões preliminares de um documento das Nações Unidas que implica altos responsáveis políticos do país no atentado que, no passado dia 14 de Fevereiro, vitimou o primeiro-ministro libanês Rafic Hariri e outras 20 pessoas.
A tese do relatório conduzido pelo magistrado alemão Detlev Mehlis, destacado pela ONU, é a de que os quatro funcionários dos serviços secretos libaneses entretanto detidos não poderiam ter actuado sem o consentimento e a colaboração do governo sírio e dos políticos tidos como pró-sírios no Libano.
Da parte do governo liderado por Bashar al-Assad o repúdio às ideias contidas no relatório é total. O governo de Damasco entende que tais acusações visam única e exclusivamente aumentar o nível de pressão internacional sobre o país, considerado pelos EUA e pela Grã-Bretanha um obstáculo a ultrapassar na conquista da hegemonia «democrática» na região do Médio Oriente.
O representante norte-americano na ONU, John Bolton, declarou a respeito do tema que «não queremos mais obstruções, nem meias medidas, queremos uma cooperação substancial (da parte da Síria) e queremo-la imediatamente». O diplomata defendeu ainda a convocação de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU para discutir a matéria e, caso os interesses dos EUA não venham a ser cabalmente satisfeitos, apelou à imposição de sanções contra aquela nação.
Posição mais cautelosa parece revelar a França. Paris pretende, para já, uma avaliação mais cuidada das circunstâncias do assassinato de Hariri e aparentemente subscreve a extensão dos trabalhos de Mehlis até meados do mês de Dezembro.
Recorde-se que a morte do ex-chefe do executivo libanês levou a uma crise política no país que culminou com a retirada das tropas sírias ali estacionadas, mas nem esse facto aliviou as tensões internas no país.
A imposição de sanções à Síria é vista pelos EUA como uma oportunidade de cumprir um duplo objectivo: cercar o país através da imposição de um modelo tutelar no vizinho Líbano e preparar uma possível invasão do território, desejo manifestado pela administração Bush pouco depois de consumada a ocupação militar do Iraque.
A tese do relatório conduzido pelo magistrado alemão Detlev Mehlis, destacado pela ONU, é a de que os quatro funcionários dos serviços secretos libaneses entretanto detidos não poderiam ter actuado sem o consentimento e a colaboração do governo sírio e dos políticos tidos como pró-sírios no Libano.
Da parte do governo liderado por Bashar al-Assad o repúdio às ideias contidas no relatório é total. O governo de Damasco entende que tais acusações visam única e exclusivamente aumentar o nível de pressão internacional sobre o país, considerado pelos EUA e pela Grã-Bretanha um obstáculo a ultrapassar na conquista da hegemonia «democrática» na região do Médio Oriente.
O representante norte-americano na ONU, John Bolton, declarou a respeito do tema que «não queremos mais obstruções, nem meias medidas, queremos uma cooperação substancial (da parte da Síria) e queremo-la imediatamente». O diplomata defendeu ainda a convocação de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU para discutir a matéria e, caso os interesses dos EUA não venham a ser cabalmente satisfeitos, apelou à imposição de sanções contra aquela nação.
Posição mais cautelosa parece revelar a França. Paris pretende, para já, uma avaliação mais cuidada das circunstâncias do assassinato de Hariri e aparentemente subscreve a extensão dos trabalhos de Mehlis até meados do mês de Dezembro.
Recorde-se que a morte do ex-chefe do executivo libanês levou a uma crise política no país que culminou com a retirada das tropas sírias ali estacionadas, mas nem esse facto aliviou as tensões internas no país.
A imposição de sanções à Síria é vista pelos EUA como uma oportunidade de cumprir um duplo objectivo: cercar o país através da imposição de um modelo tutelar no vizinho Líbano e preparar uma possível invasão do território, desejo manifestado pela administração Bush pouco depois de consumada a ocupação militar do Iraque.