Abu Ghraib por desvendar

Uma semana depois de ter sido condenada por abusos cometidos contra prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib, Lindsey England revelou que muito ainda está por contar sobre as práticas de tortura levadas a cabo pelos norte-americanos no Iraque.
Em entrevista concedida à estação de televisão NBC, England afirmou que se passaram «coisas mais graves» no interior do cárcere e contou mesmo um episódio de tortura perpetrado por pessoal «não militar», referindo-se supostamente aos maus-tratos infligidos por agentes dos serviços secretos dos EUA sem no entanto dar a conhecer a identidade dos autores dos abusos.
Condenada a três anos de prisão e à expulsão da instituição militar por «falta de honra», a agora ex-soldado de 22 anos defendeu-se dizendo que, contrariamente à tese defendida pela administração norte-americana e pelo Pentágono, os seus superiores hierárquicos estavam ao corrente das sevícias e das torturas.
England também levantou o véu sobre a existência de provas materiais de outras torturas para além das que levaram à sua condenação, numa clara alusão a um conjunto de fotos que até hoje não foram divulgadas pelos militares norte-americanos.


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